[Concluída]
A milênios de anos atrás um trato entre vampiros e humanos foi estabelecido para que ambas as espécies não entrassem em uma guerra que estava prestes a acontecer. Então as terras foram divididas entre norte e sul. O norte se tornou dos v...
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Meus batimentos cardíacos, totalmente acelerados, martelavam no meu peito. Ergui o queixo, encarando o vampiro parado a poucos metros de mim. Seus olhos estavam fixos nos meus, analisando cada detalhe, me olhando com surpresa e ansiedade. A sensação entre nós era como um imã, me puxando e implorando por algum contato.
Não consegui dizer uma palavra sequer e ficou mais difícil ainda de respirar quando ele ergueu a mo. Meu corpo formigou de ansiedade e eu observei seus dedos virem até minha bochecha, com a intenção de limpar as minhas lágrimas. Mas quando seus dedos roçaram na minha pele, senti apenas o leve movimento do ar, como uma pena deslizando por ali. Ele afastou a mão no mesmo instante, contraindo os lábios em frustração.
-O que... -Estendi a mão, hesitando um segundo. Mas ele mesmo trouxe a dele até a minha. Mas elas não se tocaram. Sua mão deslizou pela minha, causando apenas um formigamento, antes de atravessá-la, como fumaça. -Você... -Mas a verdade se chocou contra a minha mente. -А maldição.
Aquele que levo, perde sua alma, quando as correntes da magia o predem para sempre.
Ele voltou a me observar, com a expressão curiosa. Ele ergueu a mão de novo, mesmo não passando de um simples fantasma. O laço pareceu queimar dentro de mim, quando os dedos roçaram na minha bochecha de novo, como uma pena. Ele deslizou a mão até a curva do meu queixo, como se estivesse tentando conhecer cada curva.
Minha mente ficou nublada quando os lábios dele se moveram, sem emitir som, formando a palavra "Lindo". O dedo desceu para o meu pescoço e suas pupilas dilataram, observando aquela área com devoção.
Mas ele desceu mais, me fazendo engolir em seco. Seu dedo parou, exatamente na curvatura do meu decote. Os olhos subiram até os meus, mas sua mão continuaram ali. Meus lábios se abriam, enquanto eu tentava conseguir respirar. Minha mão se ergueu até ali, puxando o medalhão que eu escondia.
-Quem fez isso com você? -Questionei, mostrando o medalhão a ele. Seus lábios se curvam em uma linha fina, enquanto ele observava o objeto. -Você não pode falar?
-Sonhos... -Seus lábios formaram a palavra, mas sem me permitir ouvir sua voz.
-Pode falar comigo pelos sonhos. - Afirmei, lembrando que ele havia feito isso das últimas vezes. -Qual o seu nome?
Um sorriso surgiu ali, grande, belo e misterioso, que fez o laço aumentar a pressão entre nós. Desejei poder toca-lo ou ouvir o som da sua voz. Ele era como uma obra de arte, bem na minha frente. Mesmo não sendo de carne e osso, me fazia entender tudo.
Entender o porquê de me casar com o príncipe parecia tão errado. O porquê minha vida nunca teve significado. Eu estava sempre esperando por algo, sem saber ao certo o que. Mas agora, olhando pra ele, eu entendia tudo.
