Capítulo 48

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Despertei lentamente, me movendo sobre o colchão, sentindo meu corpo super leve. Abri os olhos e fitei o teto, percebendo que havia pegado no sono enquanto esperava por Jungkook. Olhei para o canto do quarto, vendo ele sentado em uma poltrona que havia ali, me observando com atenção.

-Oi. -Murmurei, me sentando na cama, um pouco sem graça. Jungkook abriu um sorriso pequeno, enquanto ainda olhava pra mim. -Eu estava te esperando. Acabei pegando no sono.

-Me perdoe por fazê-lo esperar. Havia muitas coisas a serem feitas. Fiquei longe por tempo demais. -Comentou, ainda sentado naquela poltrona, sem fazer menção de se pôr de pé e vir até a cama.

-Está tudo bem? -Indaguei, me sentindo um pouco confuso. Ele parecia distante demais. Silencioso demais. -Aconteceu alguma coisa na reunião dos clãs?

-Muitas coisas, na verdade. -Afirmou, batucando os dedos no braço da poltrona. -Ji, temos que conversar sobre algumas coisas.

-Certo. -Deslizei minhas pernas para fora da cama, ficando de pé, vendo Jungkook me seguir com os olhos. -O que está acontecendo?

-Seu irmão ficou noivo do príncipe das terras humanas. -Revelou, me pegando de surpresa. Fiquei parado olhando pra ele, sem saber o que dizer. -Lady Ventrue foi avisada sobre isso ontem, quando foi se encontrar com o rei. O casamento será logo.

-Ah! -Soltei o ar com força, não sabendo dizer outra coisa se não só aquilo. Eu já sabia que ele iria pedi-lo em casamento. Não deveria estar surpreso. Não estava, de fato. Mas ainda sim, senti uma pontada de dor, bem lá no fundo, sabendo que não veria o casamento dos dois.

Me sentei na cama, abaixando a cabeça para encarar minhas próprias mãos. Meu peito se apertou e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas subitamente, com a onda de saudade e tristeza que me invadiu.

-Ei, meu floquinho de neve. -Jungkook estava na minha frente, se ajoelhando e tomando meu rosto nas mãos. -Eu sinto muito. A culpa é minha.

-O que? -Ri, negando com a cabeça. - A culpa não é sua. Eu sabia que eles iriam se casar. Só estou... triste por não poder presenciar isso. Mas estou feliz por meu irmão. Estou muito, muito feliz por ele.

-A culpa é minha sim. Eu o transformei. Tirei o seu direito de ir para aquelas terras de novo. -Afirmou, soando culpado demais. Balancei a cabeça negativamente, observando os olhos negros dele, que estavam me fitando.

-Você me salvou. E eu sou muito grato por isso. -Toquei as mãos dele que estavam no meu rosto. -A culpa não é sua.

Segurei o rosto dele e o puxei para mim, beijando os lábios macios, da forma como havia imaginado o tempo todo que ele estava longe. Me deitei na cama, puxando ele pra cima de mim, enquanto sentia ele tomar o controle do beijo, o deixando mais profundo e necessitado que o meu estava.

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