Capítulo 36

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Ouvi as palavras do medalhão novamente, enquanto o som da cachoeira preenchia o ar ao meu redor. Eu estava sentado na frente da mesa de pedra, encarando o medalhão solto sobre ela. Salém estava sentado sobre a mesa, me observando com os bigodes tortos em uma careta.

-Você já ouviu o enigma umas cinquenta vezes. Pelo amor dos deuses, homem, dá pra fazer isso logo? -Resmungou, afundando a cabeça entre as patas. Em um ato que eu já havia notado ser de irritação e frustração.

-Só quero ter certeza que fizemos tudo que ele pedia, entende? Não quero ter vindo até aqui e perdido a viagem. - Afirmei, esfregando minhas mãos uma na outra, sentindo elas suadas pelo nervosismo.

Já faz um tempo que eu estava sentado ali, olhando para o medalhão. A verdade é que eu estava com medo. Havia uma sensação estranha dentro de mim, me dizendo que algo estava errado. Mas o sol já estava sumindo no horizonte. Eu não podia demorar mais.

-Para se soltar, o sangue da mais preciosa ligação deve usar. -Murmurei e com um suspiro pesado, puxei a adaga e olhei para a lâmina super afiada. Engoli em seco e coloquei minha mão em cima da mesa, com a palma virada para cima.

Meus dedos apertaram o cabo da adaga, com a súbita onda de medo que me atingiu. Não era tão fácil assim cortar a si mesmo. Não quando você sabe o quanto é dolorido. E tem outra coisa. Eu era fraco pra ver sangue. Não queria me cortar e acabar desmaiando.

-Jimin? -Salém chamou, um pouco baixo, soando ansioso e quase desesperado. Fechei meus olhos com força e pressionei a lâmina afiada na minha palma. Meus lábios se pressionaram e uma lágrima solitária escorreu pela minha bochecha, quando deslizei a adaga, sentindo minha mão arder e queimar intensamente.

Arfei e deixei que a adaga caísse no chão, enquanto mantinha meus olhos fechados e apertava minha mão fechada com força, sentindo o meu sangue escorrer pelos meus dedos, enquanto ela latejava e queimava mais a cada instante.

Abri os olhos e a mão ao mesmo tempo, vendo o corte longo por onde o sangue brotava. Meu estômago se revirou, mas antes que algo desse errado, agarrei o medalhão com ela. O objeto gelado causou um choque elétrico que atingiu o corte e percorreu meu braço até se espalhar por todo meu corpo.

Me coloquei de pé e cambaleei para trás, abrindo a mão para ver o medalhão completamente manchado de vermelho. Minha mente ficou nublada por um instante, enquanto eu notava a pedra no centro dele começar a se rachar.

-JIMIN! -Olhei para trás ao ouvir o grito de Salém, vendo a silhueta de um vampiro no topo da cachoeira, me observando. Como sol estava baixo, eu pude ver perfeitamente a pele morena e os cabelos escuros. Olhei para minha mão, que pingava sangue e manchava a grama verde. -CORRE!

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