Capítulo 2

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Nos meus sonhos mais profundos, eu estava em uma grande floresta correndo, sentido a grama fresca bater contra a minha pele, sentido o frescor de algo que nunca, já mais tinha visto ou tocado. O som dos pássaros cantando ao meu redor, junto aos vagalumes que piscavam, fazendo um show de luzes. Minha emoções estavam a mil, em uma euforia inexplicável. O Som de pessoas no fundo discutindo, deixando a minha mente totalmente nublada e meus olhos embaçados.

Sentia toques, mas esses muito distantes, chamando o meu nome em súplica de alguma coisa. Lábios quentes tocavam a pele do meu pescoço em uma carícia agonizante quase em brasa. Meus lábios se abriam para arfa ferozmente a procura de ar que me faltava quando dentes afiados se cravaram na minha pele pálida e sensível do meu pescoço. Eu até pensava em gritar, mais a dor já não era presente, era até mesmo satisfatório... A pressão no meus pescoço era constante para sugar o meu sangue com avidez.

Deslizei minha mãos pela sua nuca em uma trilha aos seus cabelos macios de quem quer fosse, agarrando grande parte do seu cabelo em punho e puxando para mais perto de mim. Arqueei mais o pescoço, senti um desejo insaciável ao tempo que fechava os olhos com força sentido algo vibrar dentro de mim em resposta, como se eu estivesse ligado a quilo. Algo se aqueceu na minha mente, em um brilho surpreendente, tão vivo, parecendo gritar para ser solto.

Me sentei na cama, em um sobressalto e levanto a mão até meu pescoço. O quarto estava escuro e silencioso. Olhei para a cama do lado, vendo Jin dormindo graciosamente com os cabelos caindo sobre a bochecha. A luz da lua entrava pelas cortinas cor creme e clareava o quarto. Tirei as cobertas pesadas de cima de mim, vestindo as pantufas de cor branca e indo até a pequena vela apagada na penteadeira. Acendi a mesma e encarei meu reflexo no espelho.

Eu estava extremamente pálido, mais do que o comum, meus olhos dilatados pela luz da vela, e os cabelos totalmente enroscados igual a um ninho de passarinho. A luz que entrava pela janela do quarto fazia meus cabelos brilharem pelo fato deles serem brancos e translúcidos.

Sai do quarto, levando a vela comigo. Eu tenho o mesmo sonho todas as noites. A mesma sensação de estar naquela floresta verde e viva, até ser mordida e acordar. Eu nunca conseguia ver quem estava conversando ao meu redor. Era sempre um borrão de sensações. Havia sempre algo me puxando, bem no fundo da minha mente.

Parei na pequena sala, acendendo a lareira e deixando o calor aquecer meu rosto. Então me levantei e peguei o livro na pequena estante bem arrumado por ordem de autores. Me sentei no chão, cruzando as pernas e ajeitando o pijama nas minhas pernas, ficando de frente para a lareira. Então abri o livro. Ele contava a história do meu mundo, dês do Princípio.

A muitos séculos atrás, quando ainda éramos um mundo unido e único, dividimos o território com as criaturas da noite. Vampiros... mais rápidos, mais fortes e eternos. Como bons apreciadores de sangue, nós éramos sempre uma presa em potencial. É claro que isso nos levou direto a uma quase guerra contra eles. Mas para evitar que nossa espécie fosse extinta de vez, nossos líderes se juntaram com os líderes dos vampiros e selaram um tratado.

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