CAPÍTULO 14

354 23 0
                                    

♥ ♚♛ ♥

Passaram se alguns minutos, minutos em que eu e Chase ficamos calados, eu não posso ter nenhuma aproximação com ele, não posso me deixar cair no charme dele, afinal ele é o inimigo. O telefone de Chase toca e nos tira desse clima desconfortável, ele atende e só fica concordando com ''sim'' e as vezes um ''ok''.

— Bom, hoje ainda temos mais uma missão. — ele diz se sentando na cadeira atrás da sua mesa, as pernas abertas e totalmente relaxado, ele era mesmo um chefe, ou ao menos filho de um.

— Qual missão? — me pergunto confusa, achei que por hoje o trabalho já estivesse encerrado.

— Meu pai quer que a gente recupere um pen drive pra ele, um que está na sala de um dos sócios dele. Em uma boate no centro da cidade.

— Roubar de um dos sócios dele? não entendi, se é um sócio por que temos que roubar?

— Meu pai está desconfiando dele. Precisamos deste pen drive para saber se ele está roubando o meu pai ou se está coletando provas contra ele caso ele seja pego pela policia ou algo pior.

— Vocês mafiosos, não confiam nem em vocês mesmos. — reviro os olhos, sei que revirar os olhos o irrita e eu meio que gostava de irrita-lo.

— Para de revirar esses olhos e seja boazinha, pelo bem do seu pai. — quando ele diz isso minha postura até muda.

— E como roubaremos?

— Começando por um vestido bonito, seus cabelos soltos, um par de saltos e da nossa agilidade

— Você tá querendo me usar pra poder roubar esse pen drive? eu não sou prostituta seu imbecil!

— Para de ser louca, você só vai distrair o cara, enquanto isso eu resolvo o restante

— Eu não tenho vestido de prostituta

— Isso eu providencio e deixa seu cabelo solto, ás 22 horas te pego na sua casa

— Por que tem que ser de cabelo solto? fica mais difícil pra lutar caso precise

— Por que aí ele não vai conseguir resistir — e o meu rosto esquenta, espero não estar vermelha

Chase me levou de volta pra casa, já era umas 15:00 horas e eu estava faminta, cheguei em casa com muita fome, abri a geladeira em busca de qualquer coisa, na geladeira encontrei sanduiches prontos, peguei uns 3 e uma coca cola, sentei na bancada e devorei cada pedaço de sanduiche que tinha no prato.

— Você veio da onde menina? parece que não comeu nada o dia todo

— Margô! que susto, eu realmente não tinha comido nada

— Seu pai disse que ia ficar mais uns dias em casa, ele foi no mercado fazer compra, já já ele deve estar de volta

— Fazer compra? que estranho...

— Que progresso né, ele nunca se quer fez compras antes, eu ia ir junto mais ele disse que dessa vez era pra deixar com ele, até fiz uma listinha pra ele levar

— As vezes ele quer ficar mais um tempo descansando em casa

— Tomara que sim, desde que você era bebe ele não para em casa

— Tomara que não, tomara que ele pegue um caso pra resolver, um bem longe daqui

— Você por acaso está com raiva do seu pai menina?

— Claro que n...— a campainha toca atrapalhando a nossa conversa, que não seja o Chase agora...

Caminho em direção a porta, quando abro fico sem acreditar, o pai de Chase está lá, Steven era o nome dele, e parado e ao seu lado o Chase. Meu coração e minha respiração se descontrolaram na mesma hora.

— Não vai nos convidar para entrar? — Steven pergunta, com um sorriso enorme no rosto

— Não — respondo seca

— Que isso menina! isso são modos? — Margô surge atrás de mim — Me desculpem, adolescentes sabe como eles são né? você é algum parente do Chase?

— Sou o pai dele, muito prazer! me chamo Steven e a senhora se chama...?

— Margô! por favor entrem... — Margô estava toda sorridente, provavelmente por que adorava o Chase e também pelo pai dele ser tão bonito quanto ele, mesmo tendo uns 50 anos, eu ainda estava parada em choque, oque ele estava fazendo aqui? na minha casa?

— Posso falar com você Emma? em particular? — Chase diz vindo em minha direção

— Tá... vamos no meu quarto

— Pode ir Emma, eu faço companhia para o Steven

— Tá bom Margô, qualquer coisa me grita — e ela solta um olhar confuso pra mim, subo as escadas levando Chase comigo, entramos no quarto e eu fecho a porta.


O Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora