CAPÍTULO 19

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Entro na sala e procuro em todos os lugares a merda do pen drive, mais minha cabeça tá longe, eu não consigo parar de pensar na Emma, ela está me deixando desfocado, não posso me deixar envolver, ainda mais guardando um segredo dela. Reviro todas as gavetas e não acho nada, reviro tudo na estante que estava na sala e não encontro nada além de livros e papéis de transações bancárias. O computador que estava desligado, liga a tela sozinha, vou até o computador e nele está escrito ''peguei você'', rapidamente penso na Emma e corro até a porta pra ir atrás dela, com certeza estaria em perigo mais a porta é brutalmente aberta e era ela, ofegante.

— Vamos embora — ela respira pesado, tensa — agora!

— Vamos — pego em sua mão e corremos até a saída da área vip, no fim das escadas para o primeiro andar, tem vários seguranças subindo para a área vip, recuamos assim que o vimos.

— E agora Chase? eu disse que era melhor vim com um plano, estamos mortos!

— Por incrível que pareça agora tenho um plano, porém você não vai gostar

— Para de cerimonia, deve ser melhor que morrer

— Vem comigo — pego na mão dela e a puxo para um sofá redondo, onde estava escuro, somente uma luz amarela estava sobre nós mais não dava pra reconhecer nossos rostos. — Começa a dançar

— Oque? você tá de brincadeira né?

— Você disse que era melhor que morrer, ou já mudou de ideia? assim ninguém vai perceber, vai ser só mais um cliente da boate com uma...você sabe, enfim, começa logo antes que vejam que estamos discutindo

— Eu te odeio, vou te matar por isso — esse é o meu dia de sorte, porra

EMMA

Essa era a coisa mais constrangedora que eu já tinha feito, dançando com um pedaço de pano sobre o corpo pra um homem, ainda mais para o Chase, mais era pela minha vida, valia a pena. Também não vou dançar de qualquer jeito, tenho que enganar bem os seguranças pra que eles achassem que eu trabalhava ali, como uma...profissional, e além do mais eu amava ver o Chase babando por algo que ele nunca vai ter, seus olhos estavam grudados em mim, aqueles olhos... me desejando como nunca desejou a menina que ele beijou, disso tenho certeza. Essa era uma boa forma de provocar ele. Eu não era uma dançarina maravilhosa, mais sabia oque eu estava fazendo. Chase se levantou rapidamente e me puxou pela cintura me fazendo cair em seu colo.

— Que isso Chase?

— Vamos ser mais convincentes — ele diz no meu ouvido, sua voz me fez estremecer, sua voz estava rouca

— Como? — que merda eu tava fazendo? era pra mim sair dali

— Eu te mostro — ele começa a beijar o meu pescoço, e vai lentamente beijando cada parte do caminho em que levaria ele até a minha boca, me afasto um pouco e nos encaramos — Você não quer? — seus cabelos estavam espalhados pelo seu rosto, seus olhos paravam na minha boca e subiam lentamente até os meus olhos, eu disse pra mim mesma que não ia fazer isso, mais me entregar somente aqui e agora, era um ótimo disfarce, eu não ia iria conseguir dizer que queria aquilo, eu não ia admitir pra ele, isso não ia sair da minha boca em palavras, então eu apenas o beijei, nos beijamos e tudo em volta parecia ter sumido, era só aquele sofá, eu e ele, esqueci até do perigo que estávamos correndo, as mãos de Chase ficavam apertando o meu corpo contra o dele, até que tudo começou a esquentar demais, suas mãos estavam indo para outro lugar, então o interrompi.

— Chega, acho que conseguimos disfarçar o suficiente, não vejo seguranças por aqui — estou ofegante e vermelha demais

— Acho que sim — ele se levanta ajeitando sua blusa, ofegante, me olhando, ou melhor, olhando minhas pernas, e então só agora que percebo que o pequeno ''vestido'' tinha subido e só estava á mostra minha lingerie preta, meu rosto nunca tinha esquentado tanto.

— Como vamos sair daqui?

— Vamos até o banheiro, vem — ele começa a me puxar pelo braço, odeio essa mania dele

— Claro que não! ficou doido? não vou fazer mais nada com você — ele solta gargalhadas

— Vamos sair daqui pelo banheiro, pelas janelas, ou quer sair pela porta da frente e ser pega? 

— Ata — fico constrangida — Então vamos

— Pervertida — ele fala pegando na minha mão com um sorrisinho no rosto, eu estou tão envergonhada que nem me atrevo a xingar ele.




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