CAPÍTULO 26

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— Onde eu estou? — jesus, me salva. Era o único pensamento que eu tinha quando percebi que eu estava em uma sala sem luz, sentia meus pulsos amarrados e os meus pés também, os pulsos já pulsando de dor. — Socorro!!!! — arrependimento me batia forte no peito, eu só queria nesse exato momento ser aquela garota que terminou com um namorado idiota e seguir com a minha vida normalmente, sem ter que ter descoberto uma gangue e que me levaria a me por em risco, nunca ter conhecido ele, talvez... 

Me perdi nos meus pensamentos quando uma porta se abriu e eu pude ver um pedaço da luz de fora, senti um ponto de esperança ali mesmo, logo em seguida um clarão tomou conta dos meus olhos quando percebi que tinham acendido a luz do quarto onde eu estava e o medo tomou lugar no meu corpo mais uma vez, levando toda esperança que eu tive naqueles dois segundos atrás.

— Bebe isso! — um homem careca e forte jogou uma garrafa d'agua no chão que parou nos meus pés

— Eu estou amarrada! como vou beber? me solta! onde eu estou? — não deixei transparecer medo, ninguém podia ver que eu era novata nesse lance de sequestro, mais eu estava era cagando de medo, suando até nas costas.

— Vou soltar as suas mãos, lembrando que qualquer gracinha eu te dou um tiro na testa sem hesitar, você não deve ser tão importante já que te jogaram nesse buraco. — Jesus, ele estava certo

— Ok — ele tirou as cordas que estavam amarrando os meus pulsos, estavam vermelhos e latejando, e pra que tomar agua? eu realmente estava com sede, mais será que teria que fazer xixi na frente dele depois? quem me garantia que iriam me levar ao banheiro, melhor evitar. 

— Não vai tomar a agua?

— Não estou com sede, obrigada, só precisava deixar meu pulso solto, as cordas estavam bem apertadas. — em seguida ele olhou para os meus pulsos e meu único instinto foi de atacar, porém eu não faria isso, estava fraca e desarmada. Ele nem se quer disse nada e me respondeu de volta, somente ficou parado na porta encarando lá fora, atrás da porta onde eu não podia ver nada e nem conseguiria identificar onde eu estava. — Onde eu estou?

— Vai saber logo — curto e grosso

— Vou sair desse quarto?

— Vai saber logo — disse agora me encarando com cara de bravo, e em seguida virando as costas pra mim novamente, devia estar odiando ficar de babá, só não era esperto o bastante pra ficar de costas pra mim, há não ser que ele me julgou pela minha estatura achando que eu não conseguiria derruba-lo.

— Você sabe onde estão Chase e Marcos? — ele virou novamente, levantando uma única sobrancelha e rindo, uma risada maléfica que me deu um frio no estomago e uma dor forte no peito, oque era engraçado que tinha haver com eles? teria acontecido algo de ruim com eles? — Por que a graça? me responde por favor, eles estão bem?

— Vai saber logo — em seguida enchendo o ambiente com a risada maléfica.


CHASE

Meus olhos estavam ardendo, por conta do suor que estava descendo constantemente neles, minha boca latejando e sangrando, a cada soco investido em mim eu cuspia uma quantidade generosa de sangue, mais a minha mente me mantinha acordado vendo o tanto que Marcos estava pior que eu, agora jogado ensanguentado no chão, certamente não sabiam quem era o meu pai, e se sabiam eram doidos o suficiente para estar me torturando, e minha maior preocupação agora era Emma, onde ela estava? pra onde a levaram? e no quanto eu tinha que negociar pra sair daqui e sair correndo atrás dela, se ela tivesse apenas arranhada eu mataria quem fez o arranhão, com esses pensamentos eu pude ter um pico de adrenalina no meu cérebro para me manter acordado e são. Eu acharia Emma, pegaria Marcos e ela e daria o fora daqui.


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