CAPÍTULO 16

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Como eu vou descer lá pra baixo com essa roupa? meu pai me mata na porrada, com essa roupa ele não me deixa nem cruzar a esquina, vou tomar um banho e vestir a roupa e...já sei! vou colocar um sobretudo em cima da roupa, ele não vai falar nada, tá fazendo frio lá fora mesmo.

....

Pronto, já estou cheirosa, vestida, mesmo que como uma piriguete, mais enfim, vou soltar o meu cabelo e passar uma maquiagem nem muito clara e nem muito escura, batom vermelho escuro, o salto que ganhei e fim, estou pronta. Na verdade está faltando alguma coisa...Acessórios! esqueci que Chase tinha trazido. Agora sim estou pronta. Desço as escadas e Chase me chama atenção pela cara de bobo que faz enquanto desço, o pai de Chase olha pra ele e rapidamente vejo Chase abaixar a cabeça se forçando a olhar para o chão, meu pai está na cozinha com Margô.

— Vamos? — olho para Chase

— Vamos. — e eu o sigo até a porta

— Tchau ursinha! — meu pai grita de longe, mal consigo responder, quando atravesso a porta e coloco os meus pés na rua, cai a ficha de que não sou mais uma garota normal indo á uma festa se divertir e que também talvez hoje eu nem possa voltar com vida para casa. sinto um terrível formigamento nos meus dedos dos pés e depois sobe para as penas, a falta de ar me toma conta embora naquela noite estivesse ventando demais, meu coração acelera de uma maneira estranha, paro de andar, mal consigo sair de onde estou, congelei. Chase vira para trás me encarando com um olhar confuso.

— Oque foi? vamos logo!

— Não...consigo, não dá, eu não estou conseguindo andar — digo ficando de joelhos tentando pegar folego — Chase se toca que é algo sério e vem até mim

— Você já teve isso antes? — só balanço a cabeça indicando que não. — Acho que é um ataque de pânico, ansiedade. — ele pega as minhas mãos e acaricia e em seguida me dá um abraço.

—  Acho que funcionou, eu estou melhor, eu acho — digo aliviada, aquilo foi terrível, e o abraço de Chase melhorou tudo.

— Minha mãe sempre fazia isso quando eu tinha alguma crise

— Você tinha crises?

— Sim

— Nossa...mais obrigada, por me ajudar, me ajudou muito. — nos encaramos

— De nada, agora vamos, hoje vamos de carro. — Chase aponta para um carro que estava a esquina, um carro que com certeza custava um rim. entramos, sentei no banco do passageiro e me assusto quando Chase se aproxima passando o sinto sobre mim e prendendo no assento. de repente fiquei sem ar de novo, merda.

O Caminho foi longo, uns 25 minutos, e olha que Chase nem estava andando devagar, no caminho Chase não tinha falado uma palavra, oque era incomum dele, afinal ele não calava a boca nunca, algo tinha acontecido e minha intuição dizia que tinha haver com o pai dele. mais afinal por que eu estava interessada nisso? quanto menos interação tivermos melhor. Chegamos na frente da boate, o segurança apenas olhou para Chase e nos deixou passar, lá dentro era como las vegas, cassinos e jogos, mulheres semi nuas dançando por toda parte, isso não era nem de longe igual á uma boate. eu nunca tinha visto nada como aquilo.

— Tira seu casaco 

— E onde eu vou por?

— Isso eu dou um jeito, mais você tem que tirar, infelizmente...

— Infelizmente por que? foi você que me obrigou a me vestir assim — e com essa frase me distancio um pouco dele, e por parte também estava com vergonha de ter que ficar tão pelada daquele jeito na frente dele, eu não estava acostumada a me vestir assim.

Fiquei andando devagar na frente de Chase, quando olho para trás ele não estava mais lá, eu não acredito, não acredito que ele me deixou sozinha nesse lugar, cercada de bandidos e ainda vestida assim. Andei, andei até os meus pés doerem neste salto quando finalmente o achei, sentado em um sofá enorme redondo e em cima dele uma garota seminua dançando pra ele, cara ele é muito galinha e um idiota, nos beijamos por agora! ele é igual ao meu irmão e todos os outros homens que eu já tinha conhecido, exceto o meu pai.

A raiva estava me deixando cega, e o pior é que estava sendo impossível não importar, não sei oque estava dando em mim, eu não sou nada do Chase e nunca seremos nada um do outro, mais vê ele daquele jeito com aquela vadia me deixou em um estado terrível de furia, de qualquer modo era pra ele estar aqui me ajudando a cumprir esta missão idiota e não se divertindo.

— Oi, está sozinha? — um homem surge na minha frente

— Oi, nã...— e antes que eu dissesse não, olhei novamente para Chase que estava quase engolindo a vadia com um beijo. — estou sozinha, sim

— Quer me acompanhar pra uma bebida? — ele tinha mais ou menos uns 25 anos pela aparência, era bem novo pra estar em um lugar como este, fico pensando se ele seria filho de um destes mafiosos que tem nesta ''boate''. mais ele era incrivelmente bonito oque já me deixa com menos raiva.

— Claro, seria um prazer. — com isso ele toca de leve minha cintura me guiando até o bar. 


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