CAPÍTULO 24

271 16 0
                                    

Em casa, já à noite tomei um banho longo de banheira, e toda vez que eu fechava os olhos eu pensava no que tinha feito e nele...eu...não devia, não devia estar pensando nele, não queria, não podia. Mais não saia da minha cabeça que Chase já havia me falado que eu seria dele, mesmo que com certeza por brincadeira ele tivesse falado isso, uma hora fica tentando me seduzir e uma hora fala que não teremos nada, esse menino era louco e estava me deixando louca, mais louca do que o crime que eu havia cometido, meu Deus, e nem afim dele eu estava... Com esses pensamentos, afundo todo o meu corpo na banheira, deixando a água me tomar por completo, até sentir um grande peso sobre o meu corpo, tento me levantar mais sou impedida, me apavoro e começo a me debater contra a banheira no fundo, tentando subir para cima para captar qualquer ar que conseguisse, de repente consigo subir rapidamente  e meu corpo se tornou leve, o peso havia desaparecido.

— Marcos! — olho para o lado e vejo meu irmão socando um homem de capuz preto que estava jogado no chão, assustada e ainda tentando recuperar o ar pego minha toalha e envolvo no meu corpo assustada e ainda sem acreditar no que tinha acontecido.

— Quem te mandou aqui seu verme? fala logo! — meu irmão gritava, corri para a porta do quarto e a tranquei, ninguém podia subir aqui neste momento, meu pai era de suspeitar que não estava em casa, mais se Margô ouvisse qualquer barulho viria correndo.

— Emma, oque tá acontecendo? — era Chase, de calça moletom e blusa de frio com capuz, vindo em minha direção, veio da minha janela como sempre, aliás por que ele ta aqui? 

— Não sei exatamente, vem — pego em sua mão e o levo pro banheiro do meu quarto

— Esse cara tentou afogar a Emma na banheira, por pouco ela não morre — meu irmão diz encarando Chase. Marcos estava com as mãos cheias de sangue, o cara no chão agora sem capuz, estava todo arrebentado

— Levanta esse merda, Emma pega uma cadeira, vamos deixar ele bem confortável antes de torturar ele — sem processar bem oque Chase havia dito, só obedeço trazendo uma cadeira, Marcos colocou o homem na cadeira de frente para Chase que se sentou na beirada da banheira

— É o seguinte não me importo quem você seja, ou pra quem trabalha, você é um peão, somente isso — Chase estava furioso, era nítido em seus olhos, nunca tinha o visto falar assim — Só quero que me diga quem te mandou aqui pra matar ela, quem foi o idiota que mandou você invadir nosso território?  — em seguida Chase tira de sua blusa uma arma com um silenciador, me assustei, porém queria saber quem tinha mandado me matar, e se pra isso aquele homem precisasse sofrer eu estava disposta, afinal ele ia me matar sem ao menos mostrar o seu rosto, covarde

— Eu...não vou te falar nada — ele cospe sangue no chão — Chase dá um tiro em seu pé, me fazendo ficar assustada, achei que haveria um pouco mais de negociação aqui

— Chase... — chamo Chase que nem me olha de volta, o homem grita e range de dor

— Como pode ver eu estou sem paciência nenhuma, é a sua última chance! ou fala ou morre, aqui e agora — Chase fala apontando a arma para o pescoço do homem, meu coração gelou agora, esse lado de Chase eu não tinha visto ainda, éramos iguais, eu via nele que ele realmente está disposto a matar esse homem se ele não falar.

— Olha, por favor, fala só o nome, e te liberamos, eu prometo, melhor que morrer aqui, no banheiro de uma menina que você nem conhece — digo me direcionando ao homem

— Se não for vocês vai ser outra pessoa, então, que diferença faz? me matem logo seus pirralhos!

— Tá bom — Chase coloca a arma na cabeça do homem pronto para atirar 

— Não! espera, não vamos mata-lo, precisamos do nome de quem mandou ele fazer isso

— Ele não vai contar Emma, não ouviu? — Marcos grita comigo

— Eu vou matar ele pra ele servir de recado, quem tentar encostar em você, vai morrer — Chase diz me encarando, por um certo momento minhas pernas se bambearam, assim ficava difícil saber oque Chase queria comigo, uma hora me protege, uma hora me deixa sozinha largada na rua, e pude sentir os olhares quentes e fulminantes de Marcos nas minhas costas. Deus.

— Eu tenho um plano melhor, só me ouçam.


O Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora