A CEO - Malila | G!p

Cap 7 - Acompanhante

Marília Mendonça:

Eu odeio essa maldita coisa! 

Quem foi o desgraçado que inventou a maldita gravata borboleta? 

Depois de quase uma hora tentando de fazer o laço, desisto. 

Só me resta uma coisa a fazer. 

— Tomara que seja importante, Marília. Eu estava dormindo! — Ela rosna do outro lado da chamada e sorrio. 

Eu e Maraisa estamos trabalhando juntas há dois meses e simplesmente desisti de tentar demiti-la, motivo? Gosto dela. 

Parem. 

Parem imediatamente com essa porra de "nossa... estou surpreso!" ou "descobriu agora?", essa porra irrita. 

Não, eu não gosto dela dessa maneira, gosto do trabalho dela, Maraisa facilita minha vida, ela sabe lidar com colaboradores e clientes, a filha da mãe é boa no que faz e não tenho reclamações quanto ao seu desempenho como minha secretária e assistente pessoal, o que é raro. 

E, além do mais, descobri um novo hobby, irritar a senhorita Pereira é meu novo passatempo favorito. É simplesmente maravilhoso vê-la soltando fumaça pelas narinas e tendo que aceitar pois sou sua chefe. 

— É muito importante. — Digo seriamente enquanto fuzilo a maldita gravata pelo espelho do meu closet. — A gravata borboleta. 

— De novo?

Ela geme e esse som reverbera por todo o meu corpo, concentrando-se no meu pau. Arranho a garganta, tentando esquecer o som maravilhoso que é ela gemendo seja por qual motivo for. 

Ah, esqueci de um detalhe, nesse mês eu tomei mais banhos frios do que o necessário, e descobri que Maraisa tem a péssima mania de gemer em momentos não apropriados. Ela geme de indignação, geme quando se machuca, geme quando está comendo algo que gosta e geme quando está feliz. É um maldito som fino e que me deixa duro sempre. 

— Preciso de você. O Thon vai passar aí em alguns minutos. — Ela pragueja, mas sei que aceitou vir me ajudar pois a ouço levantar da cama enquanto me xinga. — E, por acaso teria um vestido de festa por aí? 

— Vestido de festa? — Murmura e confirmo. — Tenho uma coisa velha que nunca usei aqui, por quê? 

— Traga o vestido e um sapato que combine, você irá comigo. — Anuncio a ideia que acabei de ter. 

Como não pensei nisso antes? 

— Como é que é? 

— Exatamente o que eu disse. Até. — Desligo sem dá-la a oportunidade de dizer que não irá. 

Terei um baile para ir hoje. Uma festa de aniversário de casamento de um antigo sócio que está fazendo bodas de diamante. 

Pensar nisso me deixa com desespera e falta de ar. Como alguém passa cinquenta anos com a mesma pessoa? Por Deus, eu morro antes de me amarrar em algum rabo de saia. Não tenho paciência para essa baboseira de relacionamento, que tendem a ser ciumentas e a achar que mandam. 

O inferno congela antes de mulher alguma mandar em mim! 

[...]

— Eu mato você! — Viro-me para a morena com um sorriso. Ela está furiosa. — Eu não vou a festa nenhuma com você, Marília. — Maraisa me vira para ela e puxa a gravata mal feita do meu pescoço. — O que você tem na cabeça? Não pode dizer que irei acompanhá-la em uma festa minutos antes! — Ela xinga enquanto faz o laço.