Maraisa Pereira:
— Maraisa, entenda, você não pode levantar. — A enfermeira tenta me manter na maca, mas não consigo, eu preciso me locomover, estou começando a virar um objeto. Ela me encara seriamente quando percebe que não vou desistir.
— Você sabe que uma hora você vai ter que sair daqui, não sabe? — Digo, deixando bem claro que vou me levantar de qualquer jeito.
— Eu vou chamar a senhora Mendonça, Maraisa. — Arregalo os olhos, indignada com a audácia dela. Todos neste inferno de hospital resolveram me ameaçar chamando minha noiva, isso é um absurdo!
— Não faria isso. — Rosno. Ela cruza os braços e arqueia as sobrancelhas, sorrindo de maneira maléfica. Neste inferno, ela com certeza é o diabo.
— Eu faria, e estou quase fazendo. O que acha que ela vai pensar quando souber que deu em cima do médico só para ele mudar sua dieta? Ele não te daria Coca-Cola, Maraisa, nem que o obrigasse a se casar com você.
— Mas esse suquinho de vocês é horrível. Minhas filhas querem alimento de verdade, além do mais, esse pudim de vocês não chega nem perto de ter gosto de pudim.
— São coisas saudáveis, fazem bem a você e as meninas. — Ela aponta para meu barrigão e reviro os olhos. O barulho da porta abrindo acaba chamando minha atenção. Abro o maior sorriso que consigo ao ver quem é.
Meu carequinha...
— Ivan! — Abro os braços para recebê-lo. Ivan me abraça com cuidado, sem apertar muito.
— Não imagina o quão feliz fiquei quando soube que havia acordado. — Ele segura meu rosto entre as mãos e arregala os olhos ao olhar para minha pança. — Meu Deus, morena, você realmente virou um balão.
— Bexiga de assoprar é melhor. — Digo sorrindo e uma movimentação atrás dele chama minha atenção. Uau, é lindíssima. — Você deve ser a Bruna. — Ela sorri e se coloca ao lado do russo, sorrindo.
— Sou, fiquei feliz quando Ivan me contou que acordou. — Seu sotaque é fortíssimo. Ela é realmente muito bonita, Henrique não exagerou em nada quando disse. — Estes são meu tio e meu primo, Frank e Pietro. — Dois homens estão parados um pouco atrás, um deles parece uma montanha de tão grande, já o outro, nossa... Marília que me desculpe, mas achei muito bonito. — Frank ajudou no seu resgate e o Pietro... bom, ele só quis vir mesmo.
— Muito obrigada, a todos vocês. — Digo tentando não me emocionar. — Eu espero muito que vocês tenham feito o Thon sofrer muito, espero que tenham o torturado e arrancado o pinto dele fora e enfiado na própria boca. — Não consigo conter as lágrimas de emoção. Assim que paro de falar, Ivan está me olhando com horror e a Bruna está rindo.
— Eu amei essa menina, ela deveria conhecer o Alexsandro, se dariam bem. — A morena diz e o loiro atrás dela revira os olhos e fecha a cara. — Infelizmente o Ivan meteu um tiro na testa dele antes que eu pudesse o torturar, mas se serve de consolo, ele implorou para o Ivan não o matar.
— Serve, sim. — Limpo as lágrimas e sinto algo molhado vazar e molhar minhas pernas. — Merda. Acho que fiz xixi. — Sussurro.
— O que? — O loiro com um inglês muito parecido com o britânico diz, se aproximando de mim. — Está de quantas semanas, Maraisa?
— Trinta e oito, por que? — Franzo o cenho. Ele levanta meu lençol e rapidamente o impeço. — O que está fazendo?
— Eu sou médico, confie em mim. — Serro os olhos, desconfiada. Ivan confirma com a cabeça e decido deixar. Ele levanta o lençol e toca no líquido que molha minha camisola e o colchão. — Isso não é xixi, é o líquido amniótico. As bebês vão nascer.
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A CEO - Malila | G!p
FanfictionMarília Mendonça não é considerada uma mulher simpática. É conhecida por ser ignorante e egocêntrica. A perda de seus pais intensificou ainda mais a personalidade complicada. Ao precisar de uma nova assistente, Marília se vê obrigada a trabalhar com...