Maraisa Pereira:
Abro o Mac e começo a trabalhar, responder e-mails, organizar a agenda da chefe e começar a pensar na listinha das sortudas que poderão acompanhar Marília no jantar que descobri ser um evento de gala e o intuito é arrecadar fundos para uma instituição. Terá um leilão, terei que perguntar se ela irá querer doar algo, e, bom, infelizmente estarei presente, para o caso de Marília comprar algo. Claro que não serei a acompanhante, só vou estar de longe observando tudo.
Percebo uma movimentação do lado de fora do pequeno jatinho, que de pequeno não tem nada. Olhando através da janela, vejo minha chefe descer do Bentley. Está linda como sempre, mas dessa vez diferente. Usa uma t-shirt preta, calça jeans, tênis branco e um óculos aviador.
Se eu já a achava irresistível dentro de seus terninhos caros, não imaginava que vê-la de maneira casual seria uma visão ainda mais destruidora de calcinhas.
Thon vem logo atrás com seu terno preto de sempre, bem agente secreto. Minha chefe finalmente entra pela porta do avião e posso apreciar de perto a beldade que desperdicei. A camisa está praticamente colada ao corpo, como uma segunda pele, o cabelo está molhado, os óculos escuros e aviador me impedem de ver seus olhos.
— Senhorita Pereira. — Diz, sentando-se na minha frente. Seu braço se apoia na parte de cima do assento do lado, deixando seus bíceps ainda mais evidentes. Com a mão livre, retira os óculos e finalmente posso ver suas pupilas dilatadas me encarando dentro dos olhos.
Vai se foder.
Percebo que acabei pensando alto demais assim que um sorriso presunçoso toma conta do rosto perfeito de minha chefe.
— Ah, obrigada. Você também está uma delícia. — Abro a boca para falar algo, mas sinceramente, não sei o que dizer. Apenas passo os olhos descaradamente pelo corpo dela, imaginando-me sobre ela sem camisa, sem calça, sem porra nenhuma. Volto meu olhar para Marília, que ainda me encara, só que dessa vez melhor. Sua língua passa pelo lábio inferior, como um animal selvagem encarando a presa.
Nunca quis tanto ser uma presa.
Jesus.
— Está fazendo de propósito. — Sussurro. Admiti ontem que precisava ficar longe porque não o resisto, e agora, ela está usando isso contra mim.
Isso Maraisa, bem feito por entregar o jogo!
Marília ajusta sua posição, se escorando mais à mesa e se aproximando de mim, não me movo. Seu rosto está à uma distância mínima do meu, quase encostando nossos lábios. A pequena mesinha que nos separa não é grande o suficiente....
— Na verdade, Maraisa. — Sussurra meu nome, fazendo meu corpo reagir logo de imediato. — Não estou fazendo nada. — Ela passa o nariz pela minha bochecha. — É você mesma quem está fazendo, porque me quer. — Meu corpo todo se arrepia assim que sua respiração quente entra em contato com meu pescoço. — Você já é minha, Maraisa. — Quase gemo. — E quer saber mais? — Ela volta o rosto para o meu, ralando nossos lábios um no outro. — Eu já sou sua.
Oh, meu pai...
Fico indignada quando percebo que ela não vai me beijar, ela voltou para sua posição inicial, longe de mim.
Não era isso que você queria? — Cala a boca consciência idiota!
— Mas vamos fazer o que me pediu, seremos apenas chefe e assistente. — Ela se levanta e começa a andar para o fundo do jatinho, indo em direção à suíte ou ao escritório. — Ah! — Viro a cabeça para olhá-lo. — Mas se quiser desistir disso, é só pedir. — Sorrindo, volta a andar e entra dentro do escritório.
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A CEO - Malila | G!p
FanfictionMarília Mendonça não é considerada uma mulher simpática. É conhecida por ser ignorante e egocêntrica. A perda de seus pais intensificou ainda mais a personalidade complicada. Ao precisar de uma nova assistente, Marília se vê obrigada a trabalhar com...