Marília Mendonça Pereira:
O cheiro podre invade meu nariz assim que coloco os pés dentro do galpão velho.
Já é tarde, talvez já tenha passado das uma da manhã.
— Como ele está? — Pergunto a Ivan assim que chego em frente à porta onde o desgraçado está.
— Acordou agora, está lúcido. — Assinto, contente.
— Como o achou mesmo? Já fazem o que... dois anos?
— Conseguimos pegá-lo ao tentar fugir pela divisa dos Estados Unidos com o México. Ele foi preso, mas tenho gente lá dentro que me informou que estava com ele.
Assinto, entendendo.
Bom... hora de cumprir a minha promessa.
Assim que passo pelas portas de aço, um sorriso brota no meu rosto ao vê-lo sentado, amarrado à uma cadeira no meio da sala vazia.
Seu rosto feio está ainda mais feio depois das surras que Ivan deve ter dado, ou ter mandado alguém dar. O desgraçado olha para mim sem desviar, seus dentes podres aparecem quando ele retribui o sorriso. Cínico de merda.
Vamos ver se vai manter esse sorrio daqui à alguns minutos.
— Olha só quem me achou... demorou. — Suspiro, assentindo.
Puxo uma cadeira que estava em um dos cantos e me sento à sua frente, ficando cara à cara com o homem que foi o responsável pelos traumas da minha esposa.
— É, demorei. — Dou de ombros. — Sabe como é, tenho uma esposa e filhos para cuidar... você não foi tão relevante assim para virar uma prioridade.
O sorriso dele some gradativamente.
Pelo visto, este desgraçado doente ainda acha que minha esposa é dele.
— Soube que se casou com aquela vadia. Aproveite a minha sobra, aquela boceta não vale tanto.
Abro um sorriso ao ouvir o barulho do nariz de Fabrício quebrar com o soco de Ivan desfere em seu rosto.
— Já comeu ela também? — Ele diz para Ivan, rindo, enquanto o sangue desce aos montes, entrando na boca nojenta. — Aquela vadia já deu para quantos de vocês?
Ivan ia bater novamente, mas eu impeço.
— Acha mesmo que essas palavras me afetam? — Digo baixo, sentando-me de maneira relaxada. — Não, não afetam. Você precisa entender que é insignificante, Fabrício.
— Ela adorava. — Ele diz quando ronronando com um sorriso psicopata no rosto. — Adorava quando eu batia nela. Ainda me lembro da sensação, das marcas... sabia que eu a engravidei? — Franzo o cenho. — Ela não te contou? Pois é... eu a engravidei, mas sabe como são as crianças, elas dão trabalho, custam caro.
Fabrício balança os ombros, suspirando e fazendo uma cena de drama.
— Ainda bem que não precisei me esforçar muito. Um chute na barriga foi o suficiente.
Aperto meus pulsos, fechando os olhos e tentando manter a calma.
Não...
Eu não posso matá-lo rapidamente.
Minha vontade é pegar a arma de Ivan e abrir uma janela na cabeça deste filho de uma puta, mas não...
Ele merece uma morte memorável.
— Ivan... está com tudo pronto? — Pergunto e o ruivo assente. — Ótimo. Vamos começar.
Fabrício franze o cenho, parecendo ficar confuso.
— Vão me torturar? Marília... teria essa coragem? — Diz, rindo. — Vai virar uma assassina?
— Torturar você? Não... eu não farei isso, preciso chegar em casa, estou com saudades da minha mulher. — Dou de ombros. — Eu adoraria ficar para ver o show, mas é um processo lento e eu não tenho esse tempo.
Dois homens passam pela porta e seguram Fabrício, erguendo-o da cadeira.
— Bom, tenho que ir. — Bato nos ombros de Ivan. — Vai ficar?
— Vou. Preciso averiguar se ficará tudo limpo no final e garantir que não o encontrem.
— Tá bem. Assim que acabar, é só ir lá para casa, as meninas estão com saudades. — Ivan sorri, assentindo.
Movo-me em direção à saída do galpão, mas antes, viro-me novamente para Fabrício.
— Ah... spoiler... já ouviu falar no Touro de Bronze? — Assim que termino de dizer, os olhos de Fabrício se arregalam. — Enquanto cozinha lá dentro, quero que pense na minha mulher e em tudo que fez à ela, e saiba que você merecia final muito pior.
Saio e o ouço gritar, implorando para que o matassem de uma vez.
Assim que entro no carro, sorrio ao ler a mensagem que minha esposa mandou, e está anexada com uma imagem.
A foto se trata de Maraisa na frente do espelho do nosso quarto. Ela está fantasiada de policial sexy, com uma saia curtinha, uma blusa com botões abertos que revela quase tudo e uma meia sexy, consigo ver a tira da cinta-liga. Em uma mão está o celular e na outra uma algema.
A legenda me faz rir ao mesmo tempo em que me deixa dura.
"Sei o que fez, senhora Mendonça. Fui obrigada à chamar as autoridades. Pronta para ser punida? Estou louca para ser desacatada."
Diaba morena.
Eu amo essa mulher!
FIM
Espero que tenham gostado amoreees... fiquem por aí e aguardem, logo novas fics ❤️
Até mais!
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A CEO - Malila | G!p
FanfictionMarília Mendonça não é considerada uma mulher simpática. É conhecida por ser ignorante e egocêntrica. A perda de seus pais intensificou ainda mais a personalidade complicada. Ao precisar de uma nova assistente, Marília se vê obrigada a trabalhar com...