Marília Mendonça:
Merda.
Esse lugar é um lixo.
Eu deveria estar em algum hotel, transando com alguma gostosa magrela que me faria esquecer da morena maldita, mas que eu sei que não conseguiria, pois seria a Maraisa quem eu estaria comendo. Seria o corpo dela que eu estaria imaginando sob mim, seria os lábios dela que eu estaria imaginando, seria os gemidos dela que eu estaria ouvindo, e seria o nome dela que eu gemeria quando gozasse.
Como eu sei?
Porque já aconteceu, porque eu faço essa merda há dois meses e isso está me deixando puta.
É uma merda quando acaba, pois eu abro os olhos e vejo que não passou de fantasia, que não era ela, nunca foi ela e nunca será.
Por que ela tinha que complicar? Qual é a porra do problema em fodermos casualmente? Somos adultos, ela quer, eu quero, deveríamos estar trepando agora mesmo, mas não... ela quer amor.
Rá!
Que piada.
— Oi. — Suspiro. Merda. Ele não... — Cadê a Maraisa?
— Você sabe que ela não está aqui comigo. Não se faça de sonso, pergunte logo o que quer saber. — Murmuro e bebo o restante do whisky barato.
Por que eu vim parar aqui?
— Eu poderia perguntar que merda você fez para ter feito ela fugir de você daquela maneira, mas olhando seu estado agora, minha pergunta é... O que ela fez com você?
Ah... boa pergunta irmãozinho.
O que ela fez comigo?
Não sei. Eu não sei o que aquela diaba de cabelo negro fez comigo.
Tudo que eu sei é que nunca me senti pior.
— Também queria saber. — Resmungo, passando o dedo pela boca do copo, encarando o recipiente vazio.
— Você não percebe mesmo, não é? — Gustavo diz rispidamente, deixando-me confusa com seu tom de voz aborrecido. — Você está na porra de um boteco de esquina, enchendo a cara enquanto escuta Shawn Mendes. Ainda diz que não sabe o que ela fez?
— Eu deveria? O que eu estou bebendo e Shawn Mendes teria a ver com ela?
— Você está sofrendo por amor, mana. — Ele diz como se fosse óbvio. Mordo o lábio inferior, tentando não rir do que ele disse. Que absurdo.
— Eu estou bebendo, e o bêbado é você. — Brinco. Gustavo suspira e nega com a cabeça. — Eu não amo ela.
— Ah... não? — Nego. — Então vai me dizer que não sente falta dela? Que não fica minutos inteiros admirando ela de longe? Que não fica brava quando algum homem toca nela com mais intimidade? — Aperto o copo, ficando nervosa só de imaginar isso. — Vai negar que morre de ciúmes da morena, Marília? Vai negar que não tira ela da cabeça?
— É só desejo. — Rosno, puta por ele ter acertado tudo que sinto. Eu não posso estar apaixonada por ela. Eu não a suporto. É só a porra de um desejo carnal e físico.
— Você mente para si mesmo, não é? — Não digo nada. Tudo que eu disser poderá ser usado contra mim. — Quer saber. Deixe-a em paz. Se tudo que sente é só tesão, então você não a merece. Mas espero de verdade, irmã, que quando sua ficha cair, não seja tarde demais. — Ele se levanta do banco de madeira velho do bar e sai, deixando-me com meus pensamentos.
Eu estou no fundo do poço por uma boceta que eu não posso comer.
O peito tá doendo. Tomara que seja infarto, se for amor, eu tô ferrada.
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A CEO - Malila | G!p
FanfictionMarília Mendonça não é considerada uma mulher simpática. É conhecida por ser ignorante e egocêntrica. A perda de seus pais intensificou ainda mais a personalidade complicada. Ao precisar de uma nova assistente, Marília se vê obrigada a trabalhar com...