Cap 27 - Equipe de resgate

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Maraisa Pereira:

Uma música tranquila é a primeira coisa que consigo ouvir. Eu não faço a menor ideia de onde estou. Não consigo abrir os olhos, minhas pálpebras estão tão pesadas... Eu quero tanto dormir.

É a voz da Marília... Ela está aqui, está falando, eu não entendo nada, mas só o som da voz dela me acalma, me tranquiliza, deixo minha mente voltar para uma escuridão sem sonhos.

•••

— Já faz uma semana... — Eu não sei quem é.... O que faz uma semana? Por que eu não consigo abrir os olhos?

— Fizemos o possível, Marília. Agora é com ela.... — Luísa? O que está acontecendo?

Marília... Eu preciso abrir os olhos, preciso... A escuridão está voltando, não quero ir, não quero, mas não resisto, ela é tão forte...

•••

— Vamos Mali, amanhã você volta. — É o Henrique. — Se algo acontecer, ligarão para você.

— Não quero, não vou sair do lado dela.

— Você precisa, você está péssima, precisa comer alguma coisa...

•••

— Voltei meu anjo, desculpe ter saído, Gustavo insiste que eu volte a viver. — Ela está aqui. Ela segurou minha mão. — Como explicar que eu não vivo sem você? Talvez eles tenham razão, talvez eu esteja em depressão, você poderia acordar e me tirar daqui...

Eu queria tanto...tanto.

— Quando você sair disso, vamos nos casar, nossa lua de mel durará um ano inteiro, vamos viajar para todos os países do mundo. — Isso seria tão bom... — Acorda logo meu anjo, você já dormiu demais.

Eu preciso voltar a dormir, preciso.

•••

— Eles querem desligar as máquinas, eu não deixei, desculpe ser egoísta meu anjo, desculpe. — Marília está chorando, eu quero acordar, quero acordar. — Não vão te tirar de mim, não vou deixar. Falaram que não há mais jeito, eu tenho fé que vai sair dessa, você é forte.

•••

— NÃO, NÃO, ELAS VÃO NASCER E VOCÊS NÃO TOCARÃO NELA, NÃO VÃO MATÁ-LA. — Nascer? Quem vai nascer?

— Senhora, já fazem seis meses, precisamos desse leito e....

Seis meses? Ah... Marília, espere mais um pouco, por favor...

•••

Marília Mendonça:

SEIS MESES NO PASSADO

Droga, descarregou.

— Henrique, me empresta seu celular. — Ele apenas estende o aparelho em minha direção sem tirar os olhos da tela do computador. Coloco meu celular no carregador de Henrique e uso o celular dele, disco o número da Maraisa, mas cai na caixa postal. — Ela não atende. — Resmungo.

— Disse que ela estava com a Luísa, sim? Deve estar bem. — Suspiro e confirmo. Sento-me e estico as pernas sobre a mesa oval da sala de reuniões. Já está no fim do expediente e os funcionários começaram a sair. Henrique e eu sempre ficávamos até mais tarde, porém, agora eu tenho uma mulher que está grávida e quero passar a maior parte do tempo com ela.

A CEO - Malila | G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora