Minha intenção nunca foi escondê-lo de você!

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- E você acha mesmo que vai sair impune, Tayler? - Penélope o acompanhou enquanto o ouvia.

- Ninguém irá me impedir Penélope! Chega de maldades!

A mulher colocou-se à frente de Mills para que ele não prosseguisse o caminho.

- Não adianta me ameaçar! - Tayler afirmou. - Eu sei que agi errado por todos esses anos, e está na hora de sofrer as consequências, não me importo com o que possa acontecer comigo!

- Afinal, você já está condenado mesmo, não é? - Steward o provocou, e em seguida, ameaçou. - O problema não será o que vai acontecer com você, e sim, o que vai acontecer com Jasmine! - Percebendo que ameaçá-lo com Jasmine surtiu efeito, continuou. - Pobre moça, imagina se de repente morre envenenada, ou de um terrível acidente... Fatalidades acontecem!

- Não se atreva a tocar em Jasmine! - Os olhos de Mills queimavam de raiva.

- Então já sabe o que fazer! - Penélope sorriu maliciosamente e saiu, deixando o rapaz totalmente desconsertado.



Na sala de poções, Snape ameaçava mais uma vez o jovem professor.

- Não me faça usar isto! - Severo mostrou a Tayler o pequeno frasco contendo Veritaserum.

- Não é necessário Snape! Contarei a verdade. - Por um breve momento Tayler ponderou em contar toda a verdade a Snape, no entanto, as palavras de Penélope surgiram em sua mente, e ele não poderia deixar que ela fizesse algum mal a Jasmine.
Ele então resolveu contar a verdade, porém, não a verdade que queria.

- Eu soube o que aconteceu com o garoto, porque eu conheço magia das trevas. Eu... quase cheguei a ser um comensal da morte, mas no último instante, desisti. E fiz uma boa escolha, afinal meses depois aconteceu a grande guerra e Voldemort foi derrotado por Harry Potter.

Percebendo a desconfiança no olhar do Sonserino, concluiu:

- Pode usar oclumência em mim se preferir, assim verá que não estou mentindo.

- Eu já usei.

O jovem professor de trato das criaturas, entristecido disse:

- Então, posso ir?

- Sim.

Assim que alcançou a porta para a saída, Snape disse:

- Estarei de olho em você Mills.



Passados 3 dias, Soren começou a dar sinais de melhora, despertando e voltando sua energia.

Snape chegando à ala hospitalar, escondeu um sorriso que surgiu ao ver a interação do garoto com Hermione.

- Espero que esteja se sentindo bem... Sr. Granger. - Disse a contragosto, sabendo que seu menino não tinha o seu sobrenome.

- Severo! - O garoto disse entusiasmado, tentando levantar-se para ir a Snape, porém foi interrompido por sua mãe.

- Você ainda não pode se levantar Soren! Cuidado. - Hermione disse o impedindo de se levantar.

O homem das vestes negras aproximou-se da cama e ignorando totalmente a presença de Hermione ali, começou a conversar com o menino.

- Finalmente descobri o seu nome, Soren! - Um sorriu para o outro.

- E a poção Severo? Ela... ela funcionou?

- Sim! Teremos que confeccionar mais.

- Será uma honra continuar aprendendo com você, professor Snape!

- Só que desta vez, faremos aqui em Hogwarts, na minha sala de poções.

- É sério? - Os olhos de Soren brilharam com a possibilidade de conhecer a sala de poções de seu amigo Snape.

Severo escondia suas feições com maestria, mas somente em seu interior sabia a felicidade de estar ali conversando com o garoto inteligente que conhecera e tornara-se seu amigo, e ainda mais em saber que ele é seu filho.

- É claro que sim! Te ensinarei tudo o que sei, e como você mesmo disse, será o melhor aluno que terei.



Enquanto isso, Tayler chorava copiosamente, por tudo o que estava acontecendo. O arrependimento de tudo o que fizera, apertava o seu coração.

- Não chore Tayler. Nunca é tarde para mudar. - Jasmine aproximou-se, sentando-se ao seu lado.

- Para mim é tarde demais, Jasmine.

Perry, o tronquilho aproximou-se deles, e assim que o viu, Jasmine o pegou em suas mãos, e levando-o ao ombro de Tayler, disse:

- Perry, temos que arrumar alguma forma de reanimar o Tayler.

O tronquilho, que gostava muito de Jasmine, concordou.

- Você é tão boa com todos Jasmine, já eu, nunca serei digno de você.

- Não diga isso, eu sei o que fez por mim hoje. Aquela mulher te ameaçou, e você omitiu, para me proteger.

­- Como sabe?

- Com a adivinhação se descobre muitas coisas.

Tayler pensou por alguns instantes, em seguida, disse:

- Jasmine, vou precisar de sua ajuda, para que a verdade apareça!



Mais uma aula de poções do sétimo ano de Sonserina e Grifinória se iniciava.
Os alunos estavam alvoroçados, enquanto os professores, mal se olhavam.

- Professora Granger... - Helena Robins perguntou. - Quem é Soren?

- Menos 30 pontos para Grifinória, Srta Robins. - Snape soltou ao ouvir o nome do seu filho.

- Fiquei sabendo que ele tem o seu sobrenome, professora Granger... - Matt Flint afirmou. - Ele é seu parente?

- Menos 30 pontos para Sonserina, Sr. Flint. - Hermione disse, e percebendo que a seguir viria uma enxurrada de perguntas disse firmemente:

- Hoje nossa aula não é sobre o Soren! Então quero ouvir de vocês perguntas sobre a poção que iremos ministrar hoje, e mais nenhuma palavra sobre o Soren!

A aula seguiu com um silêncio estarrecedor.

Após todos os alunos saírem, os professores começaram a organizar a sala, como de costume.

- Os alunos estavam quietos hoje. - Hermione tentou puxar um assunto, pois sabia que pelo menos assuntos escolares ele a responderia. Sua resposta foi o silêncio.

- Também com 30 pontos a menos para cada casa no início da aula, eles não se arriscaram a perder mais pontos.

Hermione estava irritada, Severo a ignorava totalmente, como se ele estivesse sozinho na sala.

Enquanto ela continuava guardando os ingredientes, continuou tentando.

- Eu sei que deve estar furioso comigo, mas não jogue toda a culpa para cima de mim, eu tentei te avisar sobre o Soren, logo após seu nascimento.

Pela primeira vez naquela manhã, Severo olhou para Hermione.

- Minha intenção nunca foi escondê-lo de você! Eu escrevi, contando sobre ele.

- Eu não recebi nenhuma carta. - Foram as primeiras palavras proferidas por ele.

- Não recebeu? - Granger soltou um riso de ironia. - Você até a respondeu... - a grifinória dizia enquanto se lembrava. Ela ficou bem a sua frente e finalizou: - E pela sua resposta, era para eu estar sem falar com você! - Em seguida deu as costas e saiu da sala.

Mesmo que nos separeOnde histórias criam vida. Descubra agora