Gulf sorriu, e então Mew o ergueu e carregou para o leito. Ainda em pé, ele começou a beijar-lhe com suavidade a face,os lábios, os mamilos, o ventre, fazendo a pele de Gulf arrepiar sob
a seda da camisola. Pouco depois, Mew passou a se despir, sem tirar os olhos dele, para afinal se deitar desnudo a seu lado, com um gesto cuidadoso, ele tirou-lhe a camisola, e então seus corpos nus se tocaram, iniciando um delírio de abraços, carícias e beijos; e Mew o penetrou, num ritmo frenético, aumentando mais a entrega e o prazer que se proporcionavam um ao outro. Ao atingirem o clímax, dessa
vez ele não virou o rosto. Gulf sentiu uma pontada fugaz no pescoço, mas que, para sua grande surpresa, intensificou ainda
mais suas sensações, levando-o a um orgasmo muito mais prolongado, que o fez tremer de prazer.Após tudo terminar, Gulf ainda precisou de algum tempo para voltar totalmente a si; e quando abriu os olhos, Mew o mirava com um sorriso apaixonado.
— Você me ama — ele exclamou, extasiado. — Foi o que afirmou quando consumei a união. E disse que me ama duas vezes!
— Então foi isso o que eu disse! — pensou Gulf, lembrando que de fato balbuciara algo ao se ver preso no clímax mais longo que jamais experimentara —
Sim, eu o amo — Gulf falava agora de maneira calma, e na mais completa lucidez. — Mas não necessita me dizer o
mesmo, pois sei que é diferente para você.— Por que pensa assim? Eu também o amo, e serei seu para sempre. Não haveria em mim o desejo de consumar nossa união de sangue se não o amasse, pois um Suppasit sente tal necessidade apenas quando ama seu companheiro com toda a força de seu coração.
Sem se conter, Mew o abraçou e tornou a beijá-lo, tranqüilo e confiante, pois agora nenhum segredo existia entre eles, e com
a alma inebriada pelo amor por seu marido.— Você me proporciona tudo de que preciso, Gulf: amor, paixão, prazer, confiança, felicidade. Gostaria de ser um poeta para poder expressar o que sinto por você em palavras.
Sorrindo, Gulf lhe tocou o lábio com o dedo, num gesto para que se calasse.
— Eu te amo, Mew.
— Também te amo, Gulf.
— Estas são as únicas palavras que necessito ouvir.
— Ainda as repetirei muitas vezes, durante muitos anos!
— Nós, os Kanawuts, também vivemos longamente...
— Espero que sim, meu amor, pois que seria de mim sem você ao meu lado? Você é meu sol. minha vida!
— Que linda declaração... Querido, você é
poeta sem saber!— Meu marido e companheiro, para sempre.
— Meu marido. meu companheiro para todo o sempre... — Gulf repetiu com suavidade, antes de Mew novamente
Capturar seus lábios.Alguns meses depois
O som familiar fez Mew acordar sorrindo, mas Gulf ainda dormia quieto a seu lado. Franzindo a sobrancelha, Mew concluiu que o ruído provinha do berço defronte à janela. Virou a cabeça, e notou que Sana estivera no quarto e abrira um pouco a cortina para o sol matinal iluminar os gêmeos que Gulf dera à luz há poucos dias. Levantando-se devagar, ele se aproximou do berco o suficiente para fitar os filhos, mas sem se expor aos raios solares.
— Já é hora de amamentá-los? — perguntou Gulf, sonolento.
— Ainda não — disse Mew em voz baixa
Gulf também se levantou e se juntou ao marido para fitar os filhos no berço.
— Estão ronronando! — Mew sorriu, colocou o braço sobre o ombro de Gulf e o fez repousar a cabeça contra seu peito.
— É a herança de minha família.
— Meus filhos são lindos como você Gulf.
— Mas daqui a pouco vão parar de ronronar e gritar de fome! — Gulf ergueu o rosto e fitou o marido, sorrindo.
— Dessa vez terão de esperar o pai saciar a fome de fazer amor com você... — Mew o beijou nos lábios com ternura. — Obrigado querido.
— Obrigado? — Surpreso, Gulf cruzou os braços atrás da nuca do marido.
— Eu lhe agradeço por me dar estes filhos, e por dar a eles a graça de usufrufrem a luz do sol.
— Os gatos amam o sol — murmurou Gulf.
— E eu o amo, pois você é o meu sol, a luz que ilumina minha vida e acalenta meu coração. Seu amor me tirou das sombras, sob as quais meus filhos jamais terão de se esconder.
— As sombras não são tão ruins, Mew. Afinal, eu o encontrei nelas, não foi?
— Sim — disse Mew, voltando a roçar seus lábios nos dele. — E para lhe mostrar o quanto sou grato por ter me encontrado, vou fazê-lo ronronar também.
— Sou toda seu, meu amor! — Gulf colou seus lábios aos dele, e já começava a produzir aquele som na garganta que sempre o excitava.
Não deixa de ser divertido, pensou Mew enquanto o tomava nos braços e o carregava para o leito. Nunca pensei que fosse gostar tanto de gatos...
Fim
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Cavalheiro da Noite
FanfictionPrólogo Dois homens unidos por Laços de Sangue e por uma maldição que assombra seu clã, estão condenados a uma vida sombria e submetidos a desejos estranhos e incontroláveis. Somente o casamento com homens que não compartilham a natureza desses...