CAPÍTULO 8

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THOMAS

Não sei o que diabos deu na minha língua pra perguntar aquilo.

- Trabalhar pra você? Não sei se seria uma boa ideia. Até porque ficaria ainda mais fácil todos perceberem que esse relacionamento não é real.

- Tem razão. Mas não precisa trabalhar diretamente pra mim, posso ver alguma vaga a qual conseguiríamos encaixar você.

- Ok. Posso te mandar meu currículo. E se você gostar, seria ótimo pra mim. Preciso mesmo trabalhar. Aquele dia que esbarrei em você estava saindo de uma entrevista, mas infelizmente não fui chamada ainda.

- Ótimo! Amanhã mesmo cuidarei disso - ela apenas assentiu com a cabeça

O garçom não demorou e trouxe nossos pratos. Estava uma delícia. Ela comia com tanta vontade que parecia que há dias não tinha uma refeição decente.

- Está sujo aqui no canto da sua boca. - falei estendendo o guardanapo a ela.

- Ah, desculpe. Estava tão bom que me empolguei. - Eu ri. Se fosse qualquer outra mulher teria comido apenas metade daquilo e olhe lá. Ela era um tanto peculiar.

- Você quer sobremesa?

- isso nem é pergunta que se faça, Thomas. - nós rimos e eu pedi a conta ao garçom.

- Então vou levar você pra tomar o melhor sorvete de SP. - vi os olhos dela brilharem, ela tinha lindos olhos.

Antes de chegarmos à saída do restaurante vi um casal muito conhecido entrar. Eram sócios da empresa. Seria nossa primeira prova. Passei a mão por sua cintura e ela me olhou sem entender

- Thomas, querido! Que bom ver você!

- Posso dizer o mesmo, Ana. Senhor Carlos,  prazer vê-lo também. - respondi cumprimentando-os - Essa é minha noiva, Amelie.

- Que bela escolha, você deu sorte ein. É uma moça muito bonita. - Carlos respondeu.

- Muito obrigada! É um prazer conhecê-los. E quem teve sorte fui eu - ela respondeu como uma atriz perfeita.

- Estamos de saída, mas desejo um excelente jantar pra vocês!

Nos despedimos e quando estávamos chegando ao carro percebi que ainda estava com o braço ao redor de sua cintura. Tirei de forma brusca e entrei no carro.

A levei até minha sorveteria preferida. Ela parecia uma criança com tantas opções de sabores pra escolher. A noite foi agradável. Ela era uma mulher interessante, espontânea e muito bonita, mas não como as que eu estava acostumado a pegar, acho que consigo suporta-lá por 6 meses. Além do mais ela era área proibida. Apenas um negócio.

CASAMENTO POR CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora