THOMAS
Quando estava saindo de uma reunião em uma empresa parceira recebi uma ligação da Caroline. Ignorei. Depois veio uma mensagem
"Precisamos conversar, te espero no lugar de sempre meu bem."
Resolvi responder para que ela parasse.
"Não temos nada pra conversar. Por favor pare de me procurar, eu amo minha esposa e sou muito feliz ao lado dela. Acabou Caroline. Acabou há muito tempo."
Bloqueei seu número e guardei o celular.
Não passei na empresa, só fui direto pra casa, estava pensando em levar Amelie pra jantar fora quando a buscasse na faculdade. Ela não estava muito bem o dia todo e queria anima-la.
Quando cheguei em casa e subi para o quarto, logo Caroline entrou apenas de calcinha e sutiã. Que porra ela estava fazendo?- Que porra é essa? O que tá fazendo na minha casa?
- Eu disse que precisava conversar com você, amor. - falou andando na minha direção.
- Pare onde você está, Caroline. Não existe mais nada entre a gente. Eu amo minha esposa.
- Não precisa fingir. Eu sei do contrato entre vocês.
- Do que você tá falando? - tentei me fazer de desentendido.
- Eu encontrei o contrato, Thomas. Não precisa fingir. Fui até o seu escritório atrás de você mais cedo, você não estava, então comecei a folhear alguns livros enquanto te esperava e encontrei a porra do seu contrato dentro. Ótimo lugar pra guardar, o consulado nunca procuraria lá. - falou sorrindo com deboche
- Não é só isso. No início sim, mas tudo mudou. Eu a amo, então por favor saia da minha casa antes que eu chame a segurança. - mas ao invés de se afastar ela começou a andar novamente na minha direção e jogou os braços no meu pescoço. Coloquei minhas mãos na sua cintura para a afastar e ela encostou a boca no meu pescoço.
- Eu sei que você me quer, eu posso esperar mais 3 meses até acabar o contrato de vocês e pararem de brincar de marido e mulher.
Antes que eu respondesse Amelie apareceu na porta. Ela estava como uma estátua. Os olhos arregalados com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
- Amelie. - falei a olhando em desespero. - Não é nada do que você tá pensando, meu amor. - empurrei Caroline com mais força e caminhei em sua direção.
Mas já era tarde. Ela havia visto e interpretado tudo errado. Ela não quis me ouvir, não me deixou explicar. Isso não podia estar acontecendo, eu não podia perdê-la.
Mandei Caroline ir embora e ela foi, mas não sem antes provocar minha mulher.
Não consegui toca-la, não consegui segura-la, ela escapou por entre os meus dedos.
A vi partir. Ela me deixou.
Por mais que tenha dito que voltaria seria somente pela porra daquele contrato.
Quando voltei pro quarto e entrei no banheiro, o espelho estava quebrado, havia alguns cacos no chão, olhei no lixo e tinha alguns cacos com sangue. O que tinha acontecido naquele banheiro? Eu deveria ter insistido e batido mais.Não dormi a noite toda, eu estava em desespero. Não sabia onde ela estava, ela não me atendia e nem respondia minhas mensagens. Na manhã seguinte fui até a pensão que ela ficava quando nos conhecemos, mas não estava lá. Passei por vários hotéis e nada dela. Fui até a faculdade a noite na intenção de vê-la, mas uma colega da sua sala disse que ela não tinha aparecido.
Henrique tentou me acalmar, disse que nós nos resolveríamos. Antônio tentou dar conselhos quando me viu chorar. Mas nada aliviava a dor e a sensação de perdê-la.
Não fui trabalhar por 3 dias seguidos. Queria estar em casa quando ela chegasse.
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CASAMENTO POR CONTRATO
RomanceEm uma cidade nova, sozinha e sem muito dinheiro, Amelie tenta fugir do passado. Ela é uma moça doce, inteligente e mais forte do que qualquer um pode pensar. Mesmo cheia de traumas, medos e segredos, mantém um sorriso que afasta qualquer tristeza d...