AMELIE
Depois da minha última noite com Thomas, ele foi o homem mais decente que já conheci. Respeitou tanto minha decisão que mal ficava em nossa casa, foi a várias viagens da empresa para que eu ficasse o mais confortável possível. No trabalho ganhava bem e consegui guardar o suficiente para qualquer decisão que eu tomasse, pedi que Thomas não me repassasse os 50% que faltavam daquele contrato, eu não estava continuando pelo dinheiro, mas por ele, para ajudá-lo, porque o amava. Claro que ele recusou, mas eu sabia como convencê-lo.
Tinha finalizado as provas do primeiro período e tirado ótimas notas, Carlos tinha sido transferido para uma penitenciária da capital e soube que ele virou a mulher de todos os outros presos, eles odiavam estupradores.
Meu pai estava parando de beber e cuidava da Dani como nunca cuidou de mim, fiquei muito feliz. Ela teria o pai que eu não puder ter.
Henrique preparou os papéis do divórcio e eu sabia que Thomas traria assim que voltasse da casa dos seus pais.- Você trouxe? - perguntei enquanto olhava pra tv desligava a minha frente e criava coragem para falar o que tinha pra falar.
- O que? - ele perguntou parando na entrada da sala.
- Os papéis do divórcio. Henrique me disse que entregaria a você assim que chegasse.
- Sim. Desculpa não ter falado logo, eu sei que você quer acabar com isso o quanto antes. Fui egoísta.
Vi seus olhos lacrimejarem e fui até ele. Estendi minha mão e ele pensou alguns segundos antes de pegar. O puxei até o sofá e sentei.
- Vem, senta aqui. Precisamos conversar.
- Posso busca-los. Os papéis. Estão na minha pasta lá no quarto.
- Não precisa.
- Não?
- Thomas, precisamos conversar antes. Depois a gente vê esses documentos, ok?
- Tudo bem. Sobre o que quer conversar?
- Eu não sei como começar a falar, pensei bastante em como te contaria isso desde que foi pra casa dos seus pais, mas parece que as palavras simplesmente sumiram.
- Você vai me deixar, não é? Depois de assinarmos. - vi uma lágrima cair no seu rosto - eu tentei me preparar pra ouvir isso, eu sabia que você não voltaria pra mim. - ele falada com desespero na voz e tão rápido que mal respirava - Eu sabia que deveria ter insistido, sabia que deveria ter tentado mais, mas fui um covarde e perdi você, eu perdi você e não sei como vou superar isso depois que você sair por aquela porta, eu não sei nem como respirar agora e...- antes que ela continuasse o interrompi.
- Estou grávida. - falei mas ele pareceu não ouvir porque continuou falando em desespero
- Você vai me deixar Amelie, meu Deus. Não sabia que isso doeria tanto.
Peguei suas mãos e coloquei na minha barriga. Então ele parou de falar.
- Estou grávida, Thomas. Nós vamos ter um filho. - suas lágrimas se tornaram mais intensas, acho que ele finalmente entendeu. Suas mãos tremiam. - Nós vamos ter um filho, meu amor.
- Amor? Você me chamou de amor? - um sorriso enorme apareceu em seus lábios.
- Foi só isso que você ouviu? - ri de volta
- Vamos ter um filho, Amelie? Ah meus Deus!!! Obrigada! Obrigada! - Ele tirou as mãos da minha barriga e me abraçou.
- Sim! Vamos ter um filho! - comecei a chorar também. Ele me soltou e colocou as mãos no meu rosto
- Quando descobriu?
- Assim que foi para a casa dos seus pais. Tive muito enjoo, desmaiei na faculdade e me levaram ao hospital. Ja estava com 1 mês e meio. Estou com dois agora e os enjoos ainda continuam bem fortes.
- Porque não me contou antes? Eu teria vindo correndo na mesma hora.
- Eu não sabia o que fazer, foi um misto de sentimentos em mim, então preferi esperar você voltar. - ele então pegou minhas mãos e as beijou.
- Você me chamou de amor? - comecei a rir novamente.
- Sim, meu amor. E se estiver disposto a gente pega aqueles papéis e faz picadinho deles.
- É o que eu mais quero nessa vida! Eu te amo tanto, você é a melhor coisa que me aconteceu! Você dois são!
- Obrigada por respeitar meu espaço, obrigada por cuidar de mim, obrigada por...- ele me interrompeu com um beijo. Me beijou com tanta urgência, com tanta paixão. Um beijo de saudade.
- Não íamos assistir um filme? - falei o fazendo rir entre o beijo
- Foda-se o filme.
Me puxou e me sentou em cima dele, distribuindo beijos pelo meu rosto, meu pescoço. Como senti saudade daquele lábios pelo meu corpo. Ele se levantou sem me tirar do seu colo, subiu as escadas e me levou até o nosso quarto, depois me deitou na cama e sumiu em cima de mim.
- Você dormia aqui?
- Sim, queria sentir seu cheiro e queria que nosso bebê também sentisse você de alguma forma.
- Agora estou aqui e não vou pra lugar nenhum, nem que você me mande ir pro outro lado do mundo.
Então me beijou novamente, tirou cada peça de roupa minha e beijou todo meu corpo enquanto repetia que me amava, me senti a mulher mais amada do mundo naquele momento.
Depois ficou em pé tirando suas roupas e voltou pedindo espaço entre minhas pernas, começou a beijar minhas coxas e foi em direção a minha entrada. Quando encostou seus lábios lá eu estremeci. Ele sabia como me deixar completamente entregue. Fez uma dança com a língua e me chupou enquanto eu gemia e chamava seu nome.- Preciso ter você dentro de mim. - falei ofegante.
Então ele subiu e fez o que pedi, entrou em mim. Começou empurrando devagar, depois aumentou a intensidade. Minhas mãos arranhavam suas costas, as suas mãos seguravam meus seios.
- Quero você de todas as formas. Me deixa ter você de todas as formas, meu amor.
Assenti e ele saiu de cima de mim. Me virou me deixando de quatro e logo me penetrou novamente. Me levantou um pouco e me abraçou por trás segurando meu seios, sem sair de dentro de mim, depois pegou uma das minhas mãos e levou até minha entrada.
- Quero que se toque. - falou fazendo movimentos com a mão em cima da minha. - Assim.
- Aaaah, Thomas!! Eu vou gozar.
Não demorou muito e nós dois alcançamos o ápice.
Me senti completa. Me senti viva. Me senti a pessoa mais feliz do mundo.
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CASAMENTO POR CONTRATO
RomanceEm uma cidade nova, sozinha e sem muito dinheiro, Amelie tenta fugir do passado. Ela é uma moça doce, inteligente e mais forte do que qualquer um pode pensar. Mesmo cheia de traumas, medos e segredos, mantém um sorriso que afasta qualquer tristeza d...