THOMAS
Depois de dias maravilhosos voltamos para o Brasil, voltamos a nossa rotina. E estávamos cada vez mais envolvidos.
Tinha combinado de busca-la na faculdade, então fiquei na empresa até dar o horário de ir. Meu celefone tocou e vi o nome na tela. Caroline. Recusei.
Ela havia mandado mensagem mais cedo avisando que tinha chegado ao Brasil para um trabalho e queria me encontrar. Eu havia evitado todas as suas mensagens e ligações depois que Amelie e eu ficamos juntos de verdade.
Nao demorou muito e alguém abriu minha porta de uma vez- Perdeu seu celular, querido? Como está difícil falar com você - Lá estava ela, o diabo em pessoa.
- Caroline? O que faz aqui? Como entrou?
- Nada que meu charme não resolva. Vim atrás de você, meu amor. Porque está me evitando? - falou se aproximando da minha mesa
- Estive muito ocupado no último mês. Muito trabalho. Não precisava vir até aqui, inclusive já estou de saída. Conversamos depois, pode ser? - levantei indo em direção a porta
- Não ganho nem um beijinho? - se aproximou
- Desculpe, mas preciso buscar minha esposa. - abri a porta a direcionando pra sair.
Depois que saímos ela entrou no seu carro com uma cara de chateação.
Enquanto dirigia até a faculdade percebi o quanto a presença dela não me atingiu. Não fez a menor diferença pra mim. Me senti tão livre. Eu estava livre dela.Assim que cheguei avistei Amelie com o telefone no ouvido. Ela estava falando com alguém com a cabeça baixa.
Assim que me viu veio andando em minha direção e desligou sua ligação.- Boa noite, senhora Schneider. - falei lhe dando um beijo bem lento. - está tudo bem? Com quem estava falando?
- Está tudo bem sim. Era minha irmã. - ela quase nunca falava de sua família, mas sempre que citava sua irmã era com carinho. Seus olhos estavam um pouco vermelho, como se tivesse chorado.
- Ela está bem?
- Sim. Minha avó é que não está. Mas não quero falar disso, tá bem? Vamos pra casa que eu to morrendo de fome
- Claro! Vamos pra casa.
Quando chegamos tinha um banquete nos esperando. Depois que nos casamos a Marta caprichava ainda mais nas refeições, acho que ela gostava mais de Amelie do que de mim. Até ria com ela.
Depois do jantar subimos, Amelie foi em direção ao seu quarto e eu segurei sua mão a fazendo parar- Fica comigo. Acho que já está na hora de termos um quarto só. Aliás, você é minha esposa e eu adoraria acordar ao seu lado todos os dias.
- Tem certeza?
- Absoluta! Tá até difícil pegar no sono sem você querendo todo o espaço do cama.
- Ei! Quem faz isso é você. - falou rindo - Vou só pegar algumas coisas então. Me espera - me deu um selinho e foi ao seu quarto.
Não demorou nada e voltou. Fizemos amor de forma intensa aquela noite, ela se entregava cada vez mais pra mim. Tínhamos uma sintonia na cama que era inacreditável.
Pegamos no sono cansados, mas as 3:40h da manhã acordei com seus gritos. Fiquei muito preocupado e tentei acorda-la- PARA!!! EU IMPLORO! TÁ MACHUCANDO
- Ei!! Eiiii! Sou eu. Sou eu, o Thomas. calma! Abre os olhos, ninguém vai machucar você. - ela abriu os olhos parando de se debater
- Thomas? Você tá aqui? Eu to segura?
- Está segura meu amor, foi só um pesadelo.
Ela tinha pesadelos assim as vezes, eu ouvia pela sua porta quando levantava pra beber água de madrugada. Mas não sabia que eram assim tão intensos. Ela sempre pedia pra alguém parar algo, mas nunca tinha se debatido dessa forma.
A abracei e fiquei assim até ela pegar no sono de novo.
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CASAMENTO POR CONTRATO
RomanceEm uma cidade nova, sozinha e sem muito dinheiro, Amelie tenta fugir do passado. Ela é uma moça doce, inteligente e mais forte do que qualquer um pode pensar. Mesmo cheia de traumas, medos e segredos, mantém um sorriso que afasta qualquer tristeza d...