CAPÍTULO 32

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AMELIE

Acordei com o braço de Thomas ao redor da minha cintura. As lembranças da noite anterior começaram a aparecer. Eu despejei tudo nele. Que merda!
Tentei sair de fininho mas ele me apertou contra seu peito.

- Não me deixa. Por favor.

Me virei ficando de frente pra ele. Então ele colocou sua mão no meu rosto e encostou sua testa na minha.

- Eu te amo tanto que parece que vou explodir. Te amo tanto que não consigo suportar nem mesmo pensar em viver sem você. Eu sinto muito, muito mesmo por tudo, e juro a você que não houve nada aquela noite.

- Melhor pararmos antes de nós magoarmos mais.

- Só me escuta. Por favor. Depois você pode decidir se quer ir ou ficar e eu prometo respeitar sua decisão. Por mais que leve minha alma e meu coração junto, a deixarei ir se for o que quer. Mas por favor me escuta.

- Tudo bem.

- Ela me procurou no dia do nosso casamento. Ela foi até o local da cerimônia, deve ter ouvido de algum dos nossos amigos em comum.

- Eu sei.

- Sabe?

- Ouvi sua conversa com Henrique depois que sua tia saiu pra buscar uma bebida.

- Ouviu tudo?

- Desde o sexo no banheiro até a parte que eu não significava nada pra você. Foi o que me fez fugir com a Cecília e Antônio.

- Me perdoa. Eu fui um completo idiota. - ele respirou fundo antes de continuar- Sim, ficamos aquele dia. E a noite quando viemos pra cá ela queria me encontrar, mas não fui. Não fui porque não achei correto te deixar sozinha. Éramos só um contrato aquele dia, mas eu já me importava com você. Na verdade desde o dia em que você desmaiou nos meus braços. Ali você já me virou do avesso. - não consegui conter um riso de lado - Quando voltamos da lua de mel ela queria me encontrar, mas precisou voltar pra Londres antes do esperando e ficamos trocando mensagens e ligações. Mas aí você e eu aconteceu. Não atendi mais as ligações dela e nem lhe respondia mais. Até um dia antes de você ver toda aquela cena. Ela me procurou no trabalho e eu deixei bem claro pra que tinha acabado tudo, que não existia nenhuma possibilidade dela voltar pra minha vida pois eu amava você. Eu amo você.

- E quando você vai chegar na parte em que estavam junto no nosso quarto? A parte em que ela estava com aquele corpo perfeito só de calcinha em sutiã agarrada como um macaco no seu pescoço?

- Ela veio atrás de mim e entrou no quarto daquele jeito, eu não a toquei. Somente segundos antes de você entrar quando peguei na cintura dela tentando afastá-la. Caroline disse que encontrou nosso contrato dentro de um livro no meu escritório, aquele dia eu não tinha ido a tarde para a empresa. Ia te buscar na faculdade e te levar pra jantar. Mas aí você chegou e entendeu tudo errado. Você me deixou e eu achei que iria morrer até te ver entrando por aquela porta de novo.

- Eu tinha acabado de descobrir sobre a morte da minha avó, Thomas. Eu precisava de você, e mesmo que não tenha retribuído as investidas dela, ela continuou isso porque você permitiu. Eu fui pra minha cidade sozinha e fui estuprada lá. Eu sofri de todas as formas possíveis, vivi o inferno. Tá tudo doendo em mim, não sei se consigo continuar. Preciso de um tempo pra colocar a cabeça no lugar.

Selei nossos lábios de forma lenta e senti um lágrima escorrer no rosto dele que logo se misturaram com as minhas.
Ele me abraçou mais forte, e passei meus braços ao teu redor o puxando ainda mais pra mim. Nosso beijo se tornou mais intenso e subi em cima dele.

- Me deixa ter você pelo menos mais uma vez. Eu imploro. - ele pediu ainda chorando.

Então o beijei de forma feroz, nossas línguas dançavam juntas. Fizemos amor. Me entreguei por completo. E ele também.

- Eu te amo, meu amor. - ele sussurrou no meu ouvido quando terminamos.
Então me levantei e fui para o quarto ao lado.

CASAMENTO POR CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora