Francisco escutou a porta se fechando, Bernardo realmente estava exausto, e Carmelina estava mais tranquila agora.
—Por que fechou a porta?
—Como foi a conversa de vocês?
—Acho que foi mais difícil para mim, do que para ele.
—Se explique.
—Faço o que mais tinha medo de fazer e escutar isso foi...
—Nosso filho é cruel.
—Não, ele é sincero, sarcástico e debochado.
—Sim ele é.
—Ele não vai para o internato, não agora.
—Vai passar por cima da minha decisão?
—Sim vou, sei que nunca fiz isso, mas não posso deixá-lo ficar longe agora se não perdemos ele.
—Do que tem medo Francisco?
—Crianças que nem ele tende a se isolar, sei disso por causa de Brian, Lucian, Marcos e Sebastian.
—Sei um pouco sobre isso, lembro de sua mãe falando sobre o assunto. -Carmelina mordeu o lábio e Francisco se preocupou com os pensamentos que poderia ter a respeito disso, ele a puxou para seus braços, ela sentia falta disso, ela apoiou a cabeça no peito dele sentindo o cheiro de hortelã que vinha dele.
—Senti sua falta querida, tanta que pensei que iria enlouquecer.
—Desculpe, eu...
—Não..., não é sua culpa, muito menos das crianças.
—Do que fala?
—Vai saber pelos autos das matriarcas, mas Livy a criança que mandou os vídeos, mandou o vídeo dos pais dela para Bianca, o homem de certa forma se parece comigo a distância, e foi gravado no mesmo lugar onde eu tinha feito uma reunião de negócios na França, Ulisses recuperou os vídeos da boate e do hotel, e sim eu fui drogado naquele dia, mas não funcionou, eu voltei sozinho e mal para o hotel, eu ...., só eu sei como duvidei de mim mesmo por não lembrar como voltei para o quarto naquela noite, mas sabia que nunca trairia você.
—Quando eu vi o vídeo eu...
—Eu sei até eu pensei que, fosse eu no vídeo, até Aurora me lembrar que ninguém tem as suas flores preferidas no corpo, só eu tenho o nome da minha esposa e filhas no corpo, eu carrego vocês comigo onde eu for.
—Verdade, só os Mascal, Valtelhas e Corel tem as flores das mulheres da família no corpo.
—Eu amo tanto você que quase adoeci, até Marcos teve pena de mim e olha era única pessoa que eu não esperava isso.
—Então você estava deplorável, só assim para ele sentir pena de você.
—Quero voltar pra casa.
—Como?
—Voltar pra nossa casa.
—Nunca chamou a mansão Corel de nossa casa?
—Não é, estou dizendo nossa casa dos vinhedos.
—Mas a Valentina?
—Ela vai ir para a casa de Gael, é o lugar dela, além que agora ela vai querer montar o quarto do bebê, é melhor que já esteja alojada quando Gael souber de tudo.
—Sim, concordo, vamos sair daqui ele precisa descansar.
—Bianca?
—Bernardo deixou uma folha em branco com ela, depois se trancou aqui ficou um tempo, depois disse que tinha sono e foi dormir, Ulisses veio e buscou Cedric, disse que levaria ele para a mansão, depois você chegou.
—Ele deixou um código como sempre, é algo que tenho curiosidade sobre nossos filhos.
—Por que tem tanta curiosidade assim?
—Nunca fui assim com Aurora, e velos assim me deixa curioso. -Carmelina puxa a gravata de Francisco e o beija, ela sorri durante o beijo, era algo que ela não fazia a muito tempo, a muito tempo não se sentia confortável como estão agora, Carmelina se lembra da primeira noite de lua de mel que tiveram naquele apartamento, era daquela forma, ansiosa, apaixonada, era como ela se sentia agora durante aquele beijo, Francisco para o beijo. —Por quê? - Ela sorri, Francisco começa a dar vários beijos no pescoço de Carmelina. —Não estamos no nosso quarto, e meus pais estão na sala.
—Sim, entendi.
—Eu amo você, mais do que pode imaginar.