Natasha ri e começa a chorar, como a tristeza e o medo se misturavam agora, ela não sabia exatamente o que sentia, Francisco se senta ao lado filha que se escorou no peito dele e chorava, e ao mesmo tempo segurava com força a mão de Gustavo. Eles viam o medo dela, ela sabia das histórias da mãe, sabia como foi difícil tela muito nova e quanto sofreu quando seu irmão morreu ao nascer, ela tinha muito medo disso, para ela ser mãe era igual a sofrer, nunca viu a maternidade como algo lindo, ela se lembrava bem como fazia de tudo para serem perfeitas quando crianças, para que assim sua mãe não sofresse, se lembra com felicidade a chegada de Francisco em suas vidas. Foi quando ela pode se deixar ser uma criança mimada pela primeira vez sem medo, foi ali que ela adquiriu a coragem de dormir e acordar escutando os choros da mãe, lembra que desde a primeira vez que ele pôs os pés naquela casa, elas foram tratadas como princesas por ele. Jeon vê aquilo e se lembra das vezes que passou por algo parecido com Aurora, quando descobriu a gravides de Luiza, naquele dia ela foi até o escritório se sentou no colo dele sem aviso prévio de entrada no escritório, se lembra dela se sentar em seu colo e se abraçar em seu pescoço, ali ela se aconchegou e chorava sem parar, Aurora o assustou muito naquele dia, ele também foi o primeiro a saber da neta. Para Jeon as meninas tinham medo, medo do que não era ensinado a elas até as crianças da linha nascer, elas não eram acostumadas a estar no escuro, ter medo era algo difícil e complicado para elas, e assim se lembra das palavras de Laura Mascal "—Aquilo era normal em todas as gerações até se sentirem confortáveis com a morte e nervosos com os nascimentos dos herdeiros." E isso era o que acontecia a cada gestação com as mulheres e cada nascimento com os homens, mas ele não via medo nos olhos de Gustavo Quysar, ele demostrava estar feliz, e Jeon sabia por que, ele perdeu os pais e ganhou uma nova família com Natasha.