E17 T2

395 50 11
                                    

Após o passeio no shopping, levamos Alice até sua casa e então fomos para casa. As crianças estavam cansadas, então tomaram banho e foram se deitar para dormir. Eu tomei um banho e me deitei na cama, a colica que estava sentindo mais cedo acaba voltando após o efeito do remédio passar.

Billie estava testando o novo videogame que comprou. Na tela da televisão, mais um de seus joguinhos era visível. Eu resmungo baixinho tentando encontrar uma posição que a cólica nao incomode tanto.

-- amor... -- chamo, porém ela está tão consentrada que nem ao menos me ouviu. Eu me levanto da cama e vou até ela, me sentando em seu colo e afundando meu rosto em seu pescoço

-- o que foi bebê?-- ela pergunta a ariciando suavemente meus cabelos

-- colica -- resmungo e sinto ela me puxar mais para ela

-- vou cuidar de você -- diz me deitando suavemente sobre a cama. Billie desliga o videogame de imediato, sua atenção agora totalmente voltada para mim. Com cuidado, ela se deita ao meu lado, uma mão buscando a minha enquanto a outra se move em gestos suaves sobre meu abdômen, tentando aliviar a dor. Sua presença reconfortante e o calor de seu corpo próximo ao meu ajudam a aliviar a tensão.

-- Quer que eu pegue alguma coisa para você? Chá? Mais um remédio? -- ela sussurra, preocupada, olhando nos meus olhos com ternura.

-- Só fica aqui comigo, isso já ajuda. -- Respondo, agradecendo interiormente por ter alguém como Billie ao meu lado.

Ela assente, envolvendo-me em seus braços, criando um pequeno refúgio seguro contra o desconforto. Billie começa a cantar baixinho enquanto vez ou outra beija minha testa, a dor lentamente se tornando mais suportável sob o efeito calmante de sua voz e carinho. Entre sussurros e carícias, a tensão dá lugar a uma sensação de paz, e agradeço por ter alguém tão atencioso cuidando de mim. Aos poucos, com Billie ao meu lado, consigo relaxar e me entrego ao sono, confiante de que, mesmo nos momentos de desconforto, não estou sozinha.

(...)

-- eu odeio o TMZ -- Billie resmunga olhando para o celular. Acabamos de deixar seus pais no aeroporto. Meus sogros vão viajar para comemorar mais um ano juntos

-- o que foi babe?-- pergunto e ela suspira me entregando o celular

-- eu ja falei que odeio quando forografam meus filhos, ou usam fotos que eu mesma posto deles. Isso é uma forma de assédio! Eles poderiam respeitar um pouquinho a minha familia -- ela diz e eu leio a matéria.

"A familia de Billie foi vista no aeroporto hoje. Os pais da cantora estão fazendo mais uma viajem ao que parece. Um momento fofo foi visto por nossos fotógrafos e até mesmo compartilhado pela própria cantora.

 Um momento fofo foi visto por nossos fotógrafos e até mesmo compartilhado pela própria cantora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Melinda é realmente uma criança adorável e carismática. Acreditamos que as mamães deveriam investir em uma carreira"

Eu entendo a frustração de Billie imediatamente. Apesar do tom aparentemente elogioso do artigo, a invasão de privacidade e a sugestão de impulsionar nossos filhos para o centro das atenções sem o nosso consentimento é perturbadora. É um lembrete de que, apesar dos momentos felizes e conquistas que compartilhamos publicamente, há sempre alguém pronto para ultrapassar os limites.

-- Eu sei, amor. Isso é realmente invasivo. -- Respondo, devolvendo-lhe o celular. -- E completamente fora de linha sugerirem o que deveríamos fazer com nossos filhos. Eles são crianças, deveriam ter o direito de crescer longe dos holofotes se assim escolhermos para eles.

Billie acena com a cabeça, claramente incomodada. Ela sempre se esforçou para manter uma linha clara entre sua vida pública e privada, especialmente quando se trata dos nossos filhos.

-- Eu vou falar com a equipe legal para ver se podemos fazer alguma coisa a respeito disso. Talvez reforçar os limites sobre o que podem publicar sobre nossos filhos. -- Ela diz, determinada.

-- Isso parece uma boa ideia. -- Concordo. -- No fim das contas, o mais importante é que Mel e Matt se sintam seguros e felizes. Tudo o que pudermos fazer para proteger a privacidade e a infância deles, devemos fazer.

Billie suspira, parecendo um pouco mais aliviada por termos um plano de ação. Ela coloca o celular de lado, tentando deixar a frustração para trás, pelo menos por enquanto.

-- mamãe, olha! Esse calinho aqui é da poische... Os calos da poische são os melholes -- Melinda entra na sala com uma miniatura de carro de corrida

-- é princesa? Porque diz que são os melhores?-- pergunto pegando-a no colo

-- ele é muito lapido, chega em 318 km!-- fala animada

-- Nossa, isso é mesmo muito rápido, Mel! -- Exclamo, impressionada com o entusiasmo dela. -- A Porsche faz carros incríveis, né? Quem sabe um dia você não pilote um de verdade, se continuar interessada em ser uma piloto de corrida.

A empolgação nos olhos de Melinda é palpável, seu sonho alimentado por cada pequena conversa sobre carros e velocidade. Esses momentos são preciosos, refletindo a pureza e a infinita possibilidade que a infância carrega. A possibilidade de sonhar sem limites é um presente que eu espero que ela sempre possa ter.

-- Eu vou te ensinar tudo sobre carros e velocidade, para quando você se tornar a maior piloto de todos os tempos. -- Prometo, beijando sua testa e reafirmando o apoio aos seus sonhos, por mais que eles evoluam e mudem com o tempo.

-- o que acha de comprarmos um mini kart para você? Você pode usar o quintal, e teremos um profissional para te ensinar e te ajudar -- Billie sugere e Mel da pequenos pulinhos em meus braços

-- Sim! Sim! Eu quelo, eu quelo! -- Melinda exalta-se, seus pulinhos transmitindo a alegria que ela sente com a proposta. A ideia de um mini kart próprio parece elevar seus sonhos a um novo patamar, tornando-os mais tangíveis.

-- Acho que essa é uma ótima ideia, babe. -- Concordei, sorrindo ao ver a felicidade pura em nosso pequeno raio de sol. -- Vai ser divertido, e é uma ótima forma de ela começar a aprender sobre segurança e habilidade ao volante desde cedo. E claro, tudo sob supervisão.

Billie sorri, acenando em concordância, enquanto Melinda começa a imaginar em voz alta as corridas que poderá fazer em seu novo mini kart, o vento em seus cabelos, a velocidade sob seu controle. Decidimos que tomaríamos as medidas necessárias para garantir a segurança do espaço e contrataríamos um profissional para orientá-la, garantindo uma experiência tanto divertida quanto educativa.

New Ties (Billie/You) GpOnde histórias criam vida. Descubra agora