Nineteen | Díaz

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❝Eu não sou um pedaço de bolo
Para você simplesmente descartar
Enquanto você vai embora
Com a cobertura do meu coração❞

Cake-Melanie Martinez

23 de maio,2024Tijuana, México

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23 de maio,2024
Tijuana, México

Merda...

Entrei em casa pingando sangue, minha visão estava turva, mas eu precisava me manter consciente. O cheiro metálico do sangue se misturava ao do suor e da poeira, me deixando enjoado.

Coloquei a mão no ferimento em meu abdômen, tentando estancar o sangue, mas não parecia adiantar de nada. Porra, aquilo tava doendo mas não era nada mas nada comparada a dor de perder Ángel novamente. Ela tinha se sacrificado para me proteger, e isso me deixava furioso e desesperado. Eu não podia deixar isso assim, não podia deixar que ela enfrentasse aquele monstro sozinha.

— Alex! — gritei, a voz saindo mais fraca do que eu gostaria.

Ele desceu correndo as escadas, os cabelos bagunçados, a camisa amassada e com alguns botões abertos. O batom vermelho borrado em seus lábios indicava que ele estava no meio de algo importante, mas eu não me importava.

— O que diabos aconteceu com você? — ele perguntou, os olhos arregalados ao ver o sangue em minha roupa.

— Não temos tempo para isso — resmunguei, sentindo a dor aumentar. — Precisamos de um plano, agora.

— Sim, um plano para você parar de sangrar — O moreno se aproximou de mim ajudando-me a sentar.

— Alex, não temos tempo pra essa porra, a Ángel… — Fui interrompido por uma voz feminina que me irritou ainda mais.

— O que caralhos aconteceu com a Ángel, Benjamín? — Alisson falou e eu olhei para ela.

Seus cabelos castanhos estavam iguais aos de Alex, o batom borrado, e ela vestia apenas um pequeno top que mal cobria sua pele. A respiração estava ofegante, e o olhar misturava preocupação e raiva.

— Mas que merda a Loyal tá fazendo aqui? — perguntei, erguendo uma sobrancelha.

— Alex e eu estamos namorando — ela disse, a declaração soando como um desafio.

Minha cabeça girou por um momento, a dor latejante em meu lado se intensificando com a notícia. Eu olhei para Alex, que evitava meu olhar, e depois para Alisson, que parecia mais confiante do que nunca.

— Isso não importa agora — disse Alex, sua voz firme. — Benjamín, precisamos cuidar desse ferimento. Onde está Ángel?

Eu cerrei os dentes, a dor e a frustração se misturando. — Ela está em perigo. Não posso perder tempo aqui.

Alisson se aproximou, ajoelhando-se ao meu lado. — Se você morrer por causa desse ferimento, não vamos conseguir salvar ela. Precisamos de você vivo, Martínez.

𝐂𝐎𝐍𝐄𝐂𝐓𝐀𝐃𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora