Twenty three | Trevor Brandon

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❝Ele gosta quando estou fodida, ele vai me usar
Me leve para baixo, controle e abuse de mim
Oh, até que todas as drogas acabem
Até o amanhecer❞

Use me - Plaza

16 de Outubro, 2024Tijuana, México

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16 de Outubro, 2024
Tijuana, México

Benjamín girou a chave na fechadura, e um leve clique ecoou pela porta maciça. Quando ele a empurrou para abrir, fui invadida por uma sensação de incredulidade. Meus olhos se arregalaram assim que a entrada revelou o interior do nosso apartamento, que estava muito mais para uma cobertura luxuosa do que qualquer coisa que eu havia imaginado.

O primeiro passo para dentro fez meus pés afundarem num tapete macio, de um tom azul escuro que contrastava perfeitamente com o chão de mármore polido ao redor. Uma parede de vidro se estendia do chão ao teto, proporcionando uma vista deslumbrante da cidade. Do outro lado, a varanda tinha móveis elegantes de vime branco e plantas cuidadosamente dispostas em vasos de cerâmica, o que criava uma ambiente de refúgio no meio do caos urbano.

O espaço era vasto e bem iluminado, com uma sala de estar aberta que se conectava a uma cozinha de design moderno, onde uma ilha de mármore se destacava com bancos altos ao redor. Eu podia sentir o cheiro suave de madeira, como se tudo ali tivesse sido recentemente limpo e preparado para nossa chegada.

— Você gostou? — Benjamín perguntou, com um sorriso que ele parecia não conseguir esconder.

— É... maravilhoso, Benjamín — respondi, finalmente, virando-me para ele. — Mas… não acha um pouco exagerado? Digo, é enorme para nós dois.

Ele sorriu, aquele sorriso possessivo e misterioso que eu já começava a reconhecer. Ao se aproximar mais, seus dedos roçaram suavemente meu braço enquanto passava.

— Não é exagero quando se trata de você, Ángel. Além disso, não somos só nós dois, não é? — Sua voz era baixa, mas carregada de uma convicção que me fez estremecer.

Sorri para tentar disfarçar o aperto que senti no peito, tentando me convencer de que ele só queria me agradar. Acariciei a pelagem macia de Oreo, antes de colocá-la no chão. Ela hesitou por um momento, suas patinhas pequenas e brancas tocando o mármore frio, até que seus olhos curiosos encontraram Ace, parado perto da varanda. O grande cão ergueu as orelhas e balançou o rabo de forma quase animada ao vê-la se aproximar.

Oreo deu um passo hesitante, depois outro, até se aproximar de Ace, que inclinou a cabeça e, com um movimento rápido e inesperadamente delicado para um cão do seu tamanho, lambeu o rostinho dela. Oreo piscou, surpresa, mas não se afastou. Em vez disso, ela se esfregou contra ele, ronronando alto, como se já tivessem feito algum tipo de acordo silencioso de amizade.

— Bem, pelo menos sabemos que o seu dobermann não vai fazer mal à minha gatinha. — Digo com um sorriso, sentindo uma onda de alívio. Pelo menos eles se davam bem, ao contrário de todo o resto que parecia tão incerto.

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