Eighteen | Impossible dreams

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❝Aguentando tudo por nós todos
Fazendo tudo por amor
Sim, sim❞

All For Us- (feat. Labrinth)
Zendaya

23 de maio, 2024Tijuana, México

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23 de maio, 2024
Tijuana, México

Eu estava no fundo do poço…

Depois da festa de ontem, eu praticamente fugi de casa, mas não quis contar para Benjamín por causa das palavras de Paulina. As palavras dela ainda estavam na minha cabeça como veneno que se infiltrava em minhas veias, corroendo qualquer resquício de esperança. Além disso, também tinha meu pai e suas ameaças em relação ao meu relacionamento com Benjamín.

Foi como se na última noite minha vida tivesse desmoronado, tanto que agora eu estava no lugar que eu mais odiava, a Bitch Night.

O dia já estava começando a amanhecer. Eu fiquei ajudando as meninas no bar, observando os homens nojentos tentando de todas as formas seduzir as garotas, algumas das quais claramente não estavam à venda. Pior ainda eram aqueles que se aproximavam das meninas mais jovens, de apenas 14 ou 15 anos, tentando convencê-las a passar uma noite com eles.

24 de abril, 2021
Tijuana, México
(3 anos atrás)

Engoli em seco e senti minhas mãos tremerem. Meu estômago estava embrulhado, e a vontade de vomitar era quase insuportável.

Meu pai me olhou com um sorriso malicioso, seus olhos brilhando com uma intensidade que me fez estremecer. Olhei para frente, tentando reunir coragem para enfrentar o que me aguardava.

— Tem certeza que eu preciso fazer isso? — Perguntei e Rafael colocou a mão nas minhas costas.

— É tudo pela família, Ángel — ele disse, sua voz grave e cheia de convicção.

Olhei para o bar, onde homens de várias idades estavam, os olhares famintos deles pararam nas meninas que estavam dançando sensualmente. Coloquei uma mecha de cabelo para trás e caminhei até o pole dance.

O pole dance estava iluminado por luzes neon, que pulsavam ao ritmo da música. As outras meninas se moviam com uma graça hipnótica e seus corpos se contorciam de maneira que fazia os homens ao redor quase babarem.

Subi no palco e segurei o poste com as mãos trêmulas. Olhei para meu pai que estava perto do bar, me observando com um olhar firme, como se estivesse avaliando meu desempenho. Seus olhos me lembravam do peso da responsabilidade que ele dizia que eu carregava.

Respirando fundo, comecei a me mover, imitando os movimentos das outras meninas, tentei deslizar pelo poste com elegância, mas meus movimentos eram hesitantes.

O olhar daqueles homens nojentos queimava minha pele e cada vez me deixava mais enjoada. A dança parecia durar uma eternidade e meus músculos doíam e meu coração batia descontroladamente. Quando a música finalmente terminou, desci do palco e voltei para o bar, tentando ignorar os comentários e sussurros que me cercavam.

𝐂𝐎𝐍𝐄𝐂𝐓𝐀𝐃𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora