Ten | irresistible passion

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❝Tentando encontrar a mulher que possa me consertar
Eu tenho desviado da morte a mais de cem por hora❞

Heartless- The Weeknd

Tijuana, México 08 de maio, 2024

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Tijuana, México
08 de maio, 2024

Adrenalina...

A adrenalina é uma hormônio que é liberado pelo corpo quando se está em uma situação de estresse ou perigo, como uma briga ou perseguição. Ela é também conhecida como hormônio do medo e é responsável por aumentar a frequência cardíaca, a pressão sanguínea e a respiração.

Quando é liberada, a adrenalina ajuda o corpo a se preparar para lutar ou correr e a se proteger contra possíveis perigos e é isso que a torna tão viciante.

Senti a água descer pela minha garganta, fechei os olhos por um momento, me deixando envolver pela sensação revigorante. Mas é claro que essa minha paz ao beber água foi interrompida pelo som da respiração incômoda de minha mãe.

— O que você quer? — murmurei, mantendo os olhos fechados.

— Você viu as notícias, Benjamín? — sua voz carregava um tom de urgência.

— Que notícias, mamãe? — respondi, virando-me para encará-la com um sorriso sarcástico, pronto para o próximo drama familiar.

— O filho dos Gutiérrez foi envenenado. Disseram que ele tinha altos níveis de acônito no sangue. — A tensão na voz de Paulina era palpável.

— E o que eu tenho a ver com isso? — perguntei sorrindo ainda mais, aproveitando a oportunidade para provocar minha mãe.

Paulina me lançou um olhar sério, sua expressão preocupada contrastando com meu desdém.

— Disseram que um garoto alto e da sua idade deu uma taça para o Esteban antes dele passar mal, Benjamín, eu sei que você não é santo. Você tem alguma ligação com o que aconteceu com o filho deles? — Sua voz estava carregada de  desconfiança.

Eu apenas dei de ombros, mantendo minha expressão de indiferença.

— Talvez sim, talvez não. Mas por que isso importa para você? — provoquei, sabendo que a resposta dela poderia me dar alguma vantagem.

— Caralho, você tá mesmo tentando foder a vida da sua família? — minha mãe disparou, sua voz trêmula de indignação.

— Não, já tem você pra isso, mamãe. Afinal, ontem você pareceu aproveitar bem com aquele cara. — Me aproximei dela, ficando cara a cara, encarando-a com olhos furiosos. — Como consegue se olhar no espelho e ver que é só uma pessoa vazia que vive atrás de pau?

Paulina pareceu chocada com minha franqueza, mas logo sua expressão se transformou em uma máscara de raiva contida.

— Como ousa falar assim comigo? Eu sou sua mãe! — ela rosnou, sua voz carregada de ameaça.

𝐂𝐎𝐍𝐄𝐂𝐓𝐀𝐃𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora