Me sinto adorável

388 47 4
                                    

Erling Braut Haaland

De fato, não deixei Ellie em paz por um bom tempo depois que voltamos pra casa. Ele me inebriava, me deixava em um estado de torpor do qual eu não queria sair e a minha satisfação aumentava a medida em que seu rosto se contorcia em pequenas caretas de prazer, eu quase me esquecia do que estava fazendo. Quando nos demos por satisfeitos um do outro, passamos um tempo largados na cama até Ellie começar a rir sozinha.

- O que foi? - Virei de lado e a encarei.

- Estou com fome. - Disse ainda rindo.

- Posso cozinhar algo pra você. - Me ofereci, torcendo pra ela preferisse pedir algo, porquê não queria matar minha namorada de intoxicação alimentar.

- Eu faço. - Ela sentou e procurou o sutiã que eu havia jogado em algum lugar pelo quarto. - Cadê minhas roupas?

- Não sei. - Me levantei e catei uma camiseta minha no guarda roupas. - Toma.

- Você está com fome também? - Ela vestiu a roupa e se levantou, a camisa foi bater no meio das coxas.

- Eu como o que você fizer. - Dei de ombros.

- Tá bom. - Ela saiu do quarto enquanto prendia o cabelo.

Era impossível não achar minha namorada a coisinha mais linda do mundo quando ela usa minhas roupas, não sei porque isso mexe tanto comigo, mas eu me derreto todo quando a vejo usando algo meu. Vesti uma cueca limpa e uma bermuda, segui atrás dela e desci as escadas para o térreo. Schördringer estava rodeando os pés de Ellie enquanto ela andava pela cozinha, pegando as coisas que precisava pra cozinhar.

- Schördringer, eu vou acabar pisando em você. - O gato olhou pra ela e soltou uma miado despreocupado, como se entendesse, mas não se importasse.

- Vem cá, chaveirinho de bruxa. - Peguei o filhote e ele miou em protesto.

- Chaveirinho de bruxa? - Ela me olhou indignada.

- Gato preto não é de bruxa? - Eu me expliquei. - Todo filme de bruxa tem um.

- Sei. - Ela semicerrou os olhos.

- O que você vai fazer? - Me aproximei pra olhar a pia cheia de frutas.

- Salada de frutas. - Deu de ombros. - Já está tarde.

- Fico feliz em te cansar a ponto de te deixar com fome. - Me gabei. - Me sinto adorável.

- Ah, não. - Fez pouco caso. - Não foi por sua causa. - Me lançou um olhar travesso. - Só estou cansada por carregar o peso de ser uma grande gostosa.

- Eu não tenho como me opor a isso. - Dei um beijo no pescoço dela. - Vou procurar alguma coisa pra gente assistir.

- Eu acho que meu celular está tocando. - Ela avisou e logo depois ouvi a musiquinha. - Pode atender pra mim?

- Onde está? - Nem me sentei no sofá, Schördringer continuava na minha mão, mas tentava escapar pra ir até ela.

- Na minha bolsa. - Eu fui até a mesa e peguei o celular, o nome de Jude brilhava no aviso da chamada de vídeo.

Yuánfèn - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora