Tudo aqui é sobre você

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Eu quis cozinhar algo para o almoço, mas meu namorado não deixou, disse que pediria algo em algum restaurante e me chamou pra passar o dia fazendo absolutamente nada, o que eu aceitei imediatamente. Deixamos o que sobrou das frutas em cima da mesa e algumas garrafas de água, Haaland buscou duas espreguiçadeiras no andar de cima e as colocou no gramado da parte de trás. O sol estava muito quente, então preferimos ficar deitados na sombra do quintal até podermos tomar banho no final da tarde.

- Você vai ficar deitada aí tão longe? - Ele perguntou enquanto me observava sentar na minha espreguiçadeira.

- Mas você trouxe duas. - Retruquei.

- Não importa, vem pra cá. - Haaland se levantou e esperou que eu me deitasse onde ele estava deitado antes. - Agora vai. - Ele se deitou um pouco mais pra baixo, apoiando a cabeça na minha barriga.

- Acha que as pessoas vão continuar falando tanto sobre nós? - Comecei a fazer carinho no cabelo dele enquanto observava a paisagem.

- Só se a gente demorar assumir que voltamos. - A voz dele saiu abafada, porque ele estava dando beijinhos na minha barriga. - Como foi quando terminamos.

- Como eles conseguem saber de tudo? - Foi uma pergunta retórica. - Da até medo.

- Eu quero mais é que todo mundo saiba que você voltou pra mim. - Ele não se importou. - Pra nenhum marmanjo pensar que ainda tem chance.

- Se um dia eu permiti que alguém pensasse que tinha chance, foi por sua culpa. - Falei a verdade, o que fez ele rir.

- Eu assumo essa responsabilidade. - Me apertou um pouco mais em seus braços. - Pode continuar o cafuné, por favor.

- Vou postar algo no instagram e acabar com as especulações de vez. - Ele levantou a cabeça e me olhou.

- Vai me assumir pra o mundo? - Fez gracinha. - Estou até nervoso.

- Bem, você sempre fez questão de me exibir pra quem quisesse ver. - Ele esboçou um sorrisinho. - Acho que posso me gabar por ter você como meu namorado também.

- Repete isso aí. - Ele sorriu, mostrando todos os dentinhos. - Que eu sou seu namorado.

- Meu namorado. - Acariciei o rosto dele. - E nunca mais vai deixar de ser.

- Nunca mais mesmo, Deus me livre, só se eu morrer. - Ele voltou a se deitar. - Agora que voltamos, será que eu posso te levar na casa dos meus pais de novo? - Perguntou baixinho. - Sabe, só pra eles me aceitarem de volta na família.

- Claro. - Eu ri. - Quando tivermos tempo na agenda.

- Perfeito. - Deixou outro beijinho na minha barriga. - Mi vida. - Levantou a cabeça de novo. - Porque você não vem morar aqui comigo?

- O quê? - Me assustei com a proposta. - Assim, do nada?

- Pra você pode parecer do nada. - Ele riu. - Mas, eu já estava pensando nisso enquanto escolhia essa casa.

- É mesmo? - Ele assentiu.

- Tudo aqui é sobre você. - Deu de ombros, sem nenhum medo de assumir isso. - Essa casa, eu comprei pra nós.

- Você falando assim, vai me fazer chorar.

- Não quero te forçar a nada. - Ele se adiantou. - Mais uma vez, só quero que você saiba que minhas intenções são sérias.

- Eu nunca duvidei disso. - Ajeitei o topete dele, que estava caindo no rosto. - E você não precisa ficar me provando isso o tempo todo.

- Acho que depois dessa confusão toda, eu preciso te provar algumas coisas. - Ele respirou fundo.

Yuánfèn - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora