Capítulo 32

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Mesmo com os sintomas que Juliette tinha, eu não queria interromper o nosso retorno, ela também não queria regressar a Paris novamente, então seguimos viagem.

Sinceramente ela não parecia doente, estava corada e graças a Deus nem tinha dor e nem tinha febre, mas sono não lhe faltava. Ela estava um pouco manhosa também e meu desejo era deitar com ela na nossa cama e ficar o dia inteiro fazendo amor.

Eu estou viciado em nós dois. Tudo que vem dela me deixa encantado e sempre quero mais. Ela é uma mulher sendo mulher e sabe o quê quer de mim. Eu vejo fogo e desejo nos seus olhos, então só posso ser grato por ter uma esposa assim. Mas além de tudo isso e dos prazeres, há um sentimento forte que nos une, dou minha vida por ela.

Quem diria que o nosso começo tão conturbado despertaria em nós tudo isso? Quem diria que aquela mulher que eu trouxe para a minha vida com uma única pretensão, se tornaria tão importante para mim? E será que alguém imaginou que eu poderia conquistá-la? Por que eu estava consumido por medos.

Agora estamos seguindo a nossa vida e cumprindo o nosso voto de vida conjugal. Estamos entregues nas mãos de Deus e que ele nos guie. Nesses dias todos que passamos em Paris, nossa relação deu um salto fantástico. Todos os dias nos conhecemos mais e nosso elo ficou mais forte. Somos amigos, cúmplices e amantes, temos o nosso jeito de ser feliz, isso é bastante.

Eu quero muito que juntos possamos ter uma família. Agora não somos mais sozinhos e temos um ao outro, mas eu sei que ela quer ser mãe e eu quero ser pai de todos os filhos que ela quiser nos dá. Não há pressa, mas estamos igual coelhos no cio, então não deve demorar a acontecer. Nossas sementes vão se encontrar e geminar um lindo bebê.

- Estamos perto princesa... - eu disse lhe dando um beijo no seu rosto e ela despertou.

- Onde estamos exatamente?

- Exatamente estamos nos aproximando da propriedade do meu tio.

- Não gosto nem de lembrar que esse homem está tão perto de nós.

- Não lembre. Eu não quero lembrar também. E como você se sente?

- Estou melhor. Mas estou pensativa.

- Pensativa?

- Sim. Tem alguma coisa errada comigo. É sério?

- Do quê fala exatamente?

Juliette falou no meu ouvido.

- Estou atrasada nas minhas regras. Mês passado e esse mês também. Desde que começamos a dormir juntos, eu não tive mais. Sempre fui muito certinha, ficava três dias e já estava tudo bem, mas meu corpo já não é mais o mesmo.

Eu senti meu coração pular dentro do peito. Como não percebi isso antes? Talvez nem passou pela cabeça por que Theodora não tinha regras, mas eu devia ter me atentado. Olhei para Juliette e lhe acariciei o rosto, ela estava preocupada a toa, nem se tocava do que estava acontecendo.

- Meu amor... - eu lhe dei um beijo no nariz.

Ia lhe contar sobre o quê poderia ser, mas a carruagem parou de forma brusca e nos assustamos. Quando olhei, vi meu tio parado na nossa frente.

...

A esposa Onde histórias criam vida. Descubra agora