Capítulo 35

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Propriedade de Joshua Bernard.

No dia seguinte...

- É um imenso prazer recebê-la na minha residência senhorita Theodora.

A mulher lhe sorriu maliciosa.

- Que bonita casa tens. Um luxo só. Cadê a vossa senhora?

- Lhe mandei a Paris. Minha esposa é muito observadora. Não quero que ela fique a par do acontecerá nos próximos dias.

- Está tudo organizado?

- Tudo. E foi confirmado por meu sobrinho a gravidez da esposa.

- Sério? - Theodora perdeu o riso.

- Todos já imaginavam. A barriga já é aparente, mas óbvio que ele tentou disfarçar até enquanto pôde, mas uma criada de lá, já tinha me alertado sobre o novo herdeiro.

- Eu quero matar aquela mulher. Eu vou atirar no seu peito.

- A senhora realmente sabe atirar? Não podemos perder a oportunidade.

- Sei e quero tirar a vida dela e desse bebê imundo. Quero que Rodolffo clame pela morte. 

- Mas quem mata ele sou eu. Aquele maldito tem que ter o sangue derramado por sobre as suas terras.

- Como vamos conseguir chegar até eles?

- Está difícil. Muito mesmo. Ele transformou a própria casa num fortal Theodora. Ninguém entra e ninguém sai sem alguma dificuldade. Seus homens lhes são fiéis como cão e a esposa também é. Vou apelar para algo drástico, algo que pode tirar ele de casa.

- O quê?

- Lhe mandarei um telegrama falando que o padrinho está a beira da morte. Mas tenho dúvidas se ele deixará a família para ver aquele velho.

- Eu acho que ele pode deixar.

- Ele precisa sair. Meu sobrinho tem ares de um psicopata. Ele tem super atenção e a qualquer falha sua ação é imediata. Sabe quantos homens cercam a propriedade dele hoje?

- Quantos?

- Mais de 40. Nem sei de onde saiu tantos, mas se revezam de dia e de noite.

- Ele está paranóico. - Theodora respirou profundamente. - Se a gente falhar, estamos mortos Joshua.

- Ele não teria coragem.

- Hum... Duvidas? Não deveria. Nunca enfrentei Rodolffo. Não me achava capaz de tanto. Acho que sua esposa o enfrentou demais, mas não podemos esquecer de quem ele é filho e nem do quê o pai dele fez. Todos contam que foi um ataque de fúria.

- Meu irmão era um tolo. Louco e influenciável. Eu coloquei coisas na cabeça dele. Fui o diabo que soprou no seu ombro e eu queria que ele tivesse matado a família inteira, para mim era conveniente, mas ele deixou o filho vivo.

- O quê achava da mãe de Rodolffo?

- Era uma coitada. De fato não gostava do meu irmão, mas não o traiu como eu lhe convenci a acreditar. Eu fui movido por dinheiro e novamente farei outra desgraça por causa dele. A fortuna Bernard será só minha Theodora.

- Ou se encontrará com seu irmão no inferno.

- Tem medo de morrer minha cara?

- Eu já morri quando Rodolffo me deixou. Estou só existindo.

- Nossa. Que homem cativante. - Joshua gargalhou. - É amor de sobra.

...

Mansão Bernard.

- Senhor... Tens visita.

Estávamos a comer a primeira refeição do dia quando meu mordomo faz o anúncio.

Juliette me olhou assustada e eu sabia que não era alguém desconhecido. Na minha propriedade só entravam as pessoas que eu permitia.

Quando a porta se abriu me levantei num rompante e Juliette veio logo atrás de mim.

- Quem é vivo sempre aparece meu menino.

Demos um abraço apertado.

- Sua benção padrinho?

- Que Deus te abençoe grandemente meu filho. E como vai filha? - ele disse olhando para Juliette.

- Estou muito bem. - ela disse sorridente. - Fico feliz que esteja bem e que tenha vindo nos visitar.

- Meu coração me pediu para que eu vinhesse.

- Agora ficará conosco até a chegada do vosso netinho. - eu caminhei e toquei a barriga de Juliette. - Estamos esperando o nosso primeiro filho.

Meu padrinho ficou extremamente feliz e nós também com a sua inesperada chegada.

...

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