Capítulo 58

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O grande dia da nossa festa chegou e tudo estava lindo. Já tinha muita gente na nossa casa e acho que essa ideia foi realmente muito boa.

Nosso casal de amigos ainda permanecia em casa conosco e sabíamos que as coisas iam bem entre eles, já que só viviam no quarto.

- Eu estou pronto. - Rodolffo surgiu diante de mim e estava lindo.

Fiquei parada olhando para ele e senti um medo de perdê-lo que fez meus olhos encherem de lágrimas.

- Está lindo demais.

- Está linda também.

Eu usava um vestido azul escuro e tinha os cabelos presos num penteado simples, mas elefante. O conjunto que ele me deu me enfeitava a pele.

Rodolffo caminhou até mim e me deu um beijo na testa.

- Quantas coisas estúpidas eu vivi para chegar até aqui. Mas meu pai sabia que eu ia precisar de uma esposa. A esposa é sempre um porto seguro em alto mar, mas para mim você é um mar também. Aquele oceano que nos inspira e é rico de tudo que o dinheiro não compra. Me perdoe por tudo que fiz de errado Juliette... Eu sei que sempre fui um ser errante.

- Não fique me dizendo essas coisas...

- Mas eu sei que errei contigo...

- Eu também errei contigo e sei que isso faz parte da vida. Teremos tanto tempo para acertar.

- Sim... Teremos.

- Elisa ficará com a babá, mas de tempos em tempos terei que vir dá de mamar a ela. - disse enquanto via nossa menina adormecida.

- Elisa é mini cópia da mamãe dela. Igualmente linda.

- Mas ela tem seus olhos e também a cor do seu cabelo. - eu disse tocando nos seus fios e fazendo um carinho.

- Só aceito que ela se case depois dos trinta anos... Ninguém vai tocar na minha princesa antes disso. - ele disse sorridente.

- Não mesmo. Deixe de ser ciumento.

- Mas eu sou e sei que vou sofrer hoje como você linda desse jeito e todos de olho em ti.

- Sou tua, para sempre serei tua. Não precisa ter ciúmes.

Ele me deu um beijo inesperado. Não sei por que mais foi um dos beijos mais longo e gostoso que já demos. Parecia um beijo de saudade, mas estávamos juntos o tempo inteiro.

- Que beijo delicioso é o seu. O melhor que pude provar. - sorrimos um para o outro e selei novamente nossos lábios.

Depois descemos e fomos para a festa. As pessoas pararam para nos olhar e o padrinho fez uma pausa para nos dizer algumas palavras.

- Casamento é elo forte e uma decisão necessária. Esse jovem casal hoje comemora um ano de união e eu estou muito contente por estar vivo e a comemorar essa grande data. Juntos já tem a pequenininha Elisa e essa casa, antes triste, hoje é um palco de alegria e boas energias. Meu bom amigo, pai de Rodolffo, me confiou a missão de criar esse homem, antes menino, e acho que consegui lhe dá o meu melhor. Nem todos os dias foram fáceis, mas saiba filho que tenho muito orgulho de tudo que você é hoje. Aqui na minha frente vejo um homem de verdade e honrado, além de um pai que dá valor a sua linhagem. Juliette saiba que a sua chegada foi uma benção para todos nós e além de esposa do meu afilhado, é também uma filha para mim, lhe admiro muito e sei que é uma esposa de verdade.

Todos bateram palmas e demos um abraço no padrinho. Ele era muito amado por nós e por nossa família. Não deixaríamos mais que ele voltasse a Paris, sua vida seria ao nosso lado.

Depois disso, conversamos com os presentes, comemos, Rodolffo bebeu, mas só um pouco e principalmente dançamos. A cada nova dança ele me dizia coisas que faziam meu corpo ansiar pelo dele.

- Devia não me provocar tanto. Sabe que eu posso te levar daqui.

- Então leve. Eu não vejo a hora de ter você. - ele tentou me beijar e eu desviei.

- Estamos em público.

- E daí... Eu nunca liguei para convenção.

- Não seja rebelde. Essa fase já passou na sua vida.

Rodolffo sorriu e encostou sua cabeça na minha.

- Eu te amo.

- Eu também te amo. - disse antes de ver seu rosto se transformar, depois que um tiro ecoou.

...

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