Estresse

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Ao sair da sala da delegada, Caroline nem percebeu, mas bateu a porta um pouco mais forte, e o som fez com que Rosamaria despertasse. Ainda sonolenta, nem percebeu onde estava, ou com quem estava. Olhou ao redor e começou a se situar. Não havia dormido em sua casa, na verdade nem lembrava como era sua cama. Percebeu que havia dormido abraçada a Jovana e se arrependeu imediatamente, tinha medo da mulher confundir as coisas.

Rosamaria: Jole, acorda – sacudiu a mulher que despertou aos poucos – nós pegamos no sono – se espreguiçou – dormi toda torta, meu corpo tá todo dolorido – se alongou – eu nem sei como acabamos abraçadas.

Jovana: você dormiu sentada e foi caindo para cima do meu ombro, eu também já estava cochilando, aí deitei e te puxei junto– explicou – desculpa se errei, não fiz por mal, mas eu estava cansada e você também.

Rosamaria: só não faz mais isso – pediu e a outra concordou – não quero dar margem para qualquer coisa que desrespeite a minha namorada.

Jovana: você ainda ronca, sabia? – brincou.

Rosamaria: não ronco não – mostrou a língua – Jole – chamou e a mais alta olhou – não quero que você confunda as coisas, ok? – disse com a voz mais baixa.

Jovana: eu ainda te quero, não vou negar isso, mas eu respeito seu relacionamento – foi franca – nós estávamos cansadas e pegamos no sono, não fiz na maldade, está tudo bem e foi só isso.

Rosamaria: vou pegar um café e procurar o Souza, quer alguma coisa? – Jovana negou e Rosamaria estava com a mão na maçaneta quando viu o buquê – você viu isso?

Jovana: o que? – olhou as flores – quem deixou isso aí? – perguntou preocupada.

Rosamaria: isso não estava aqui antes, alguém entrou aqui – falou alarmada.

Jovana: calma – pediu – o Machado está usando pétalas de rosas vermelhas, não faz sentido deixar margaridas aqui.

Rosamaria; e desde quando ele precisa fazer sentido? – disse grosseira – Souza – chamou ao abrir a porta, porém outro policial apareceu – Bento, cadê o Souza?

Bento: ele foi para casa descansar e ainda não chegou, delegada – explicou – posso ajudar em algo?

Rosamaria: essas flores – apontou – preciso saber se alguém estranho esteve aqui, quem deixou isso?

Bento: a namorada da senhora – disse tão confuso quanto a delegada – ela esteve aqui há pouco para falar com a senhora, entrou na sala, saiu tem pouco tempo.

Jovana: ela viu a gente e confundiu tudo, Rosa – concluiu.

Bento: com licença – pediu percebendo o clima tenso.

Rosamaria: que merda – bufou pegando seu celular e ligando para Caroline – ela não atende – o telefone de Stevanovic toca.

Jovana: encontraram um casarão em uma estrada sentido Confins, alguém esteve ali recentemente, tem sangue fresco – explicou – vou indo na frente, resolve isso e me encontra lá, Souza vai pra lá direto de casa.

Rosamaria: eu vou com você, depois resolvo isso – deixou apenas uma mensagem para Caroline e foi.

No hospital, o humor da Dr. Gattaz não estava dos melhores. Sheilla havia percebido e tentou respeitar o momento da amiga. Caroline deu muito trabalho para seus internos, mas Reis e Mesquita foram os que mais sofreram em suas mãos.

Nossa Vida - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora