Reflexões

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Na manhã seguinte, após Josy levar Helena para um passeio, Carol decidiu fazer uma faxina em sua casa. Rosamaria ainda estava na casa de Naiane, mas havia avisado que iria buscar a filha e em breve estariam juntas novamente. Gattaz estava organizando alguns papéis no escritório quando ouviu o interfone tocar, estranhou, mas correu para atender. Em poucos minutos, sua campainha já estava tocando e ela recebia seu chefe.

Carol: Bernardo, oi, entra – cumprimentou tímida – aconteceu alguma coisa?

Bernardo: oi, Carol – sorriu – não, fica tranquila, eu vim trazer uma lembrança de aniversário para a minha melhor médica – entregou um embrulho nas mãos da mulher.

Carol: não precisava – disse envergonhada – obrigada por ter lembrado – o abraçou.

Bernardo: você é parte da família, sabe que nunca estive próximo do meu filho, que a minha família mesmo são os meus médicos, enfermeiros, e cada funcionário daquele hospital – disse melancólico – eu só queria demonstrar um pouco do que você representa pra mim – coçou a nuca sem graça – você sempre me acolheu, até dentro da sua família, jamais esqueceria seu aniversário.

Carol: ai doutor Rezende – riu com os olhos marejados – você sempre sendo meu paizão de BH, te agradeço muito, viu – ele assentiu emocionado – por tudo.

Bernardo: é muito bom ter você na minha vida, Carol, é como uma filha – foi sincero – mas me conte, cadê a pequena? – olhou ao redor fazendo Gattaz rir.

Carol: saiu com uma amiga minha, a Rosa vai buscá-la e logo estarão aqui – informou – vou passar um café pra gente e você trate de me atualizar sobre o que anda acontecendo naquele hospital, especialmente na minha emergência.

Bernardo: vou te contar que Lara te representa muito bem – iniciou se sentando em um dos bancos que havia na ilha da cozinha – mas ninguém comanda aquele PS como você, doutora Gattaz.

Carol: continua me bajulando assim que eu vou pedir pra voltar na próxima semana – insinuou.

Bernardo: não aguenta mais uma semana de férias? – brincou sabendo o quanto a mulher gostava do caos da emergência.

Carol: Rosa volta a trabalhar segunda, Helena volta a estudar, vou ficar uma semana praticamente sem nada pra fazer – lamentou – queria pelo menos um pouco da rotina, sabe?

Bernardo: eu sei bem, mas posso te propor algo – ergueu uma sobrancelha.

Carol: sou toda ouvidos – disse servindo duas xícaras de café e se sentando ao lado do homem.

Bernardo: você não iria operar ou estar na emergência, mas iria supervisionar um caso.

Carol: ok – bebericou o café – qual seria o caso?

Bernardo: temos tempo até a Rosamaria chegar? – Carol assentiu olhando em seu celular e vendo que não havia mensagem alguma – ok, vamos lá – respirou fundo antes de contar sobre o caso ao que se referia.

Os próximos minutos seguiram com Caroline completamente atenta a cada palavra que saía da boca de Bernardo, mal piscava de tanta atenção que estava lhe dando. Já estava tirando suas dúvidas quando a porta se abriu e um pequeno furacão apareceu correndo até ela.

Helena: mamãe, a Tia Josy me levou na loja do galo e comprou uma camisa nova com o meu nome – comentou animada.

Carol: sua tia não tem jeito – negou com a cabeça – temos visita, não vai cumprimentar? – chamou a atenção da menina.

Nossa Vida - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora