Jantar

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O dia até que correu de forma tranquila. Quando seu horário de serviço chegou ao fim, Rosamaria percebeu-se ansiosa. Passou em uma floricultura e perguntou qual seria o melhor buquê para um pedido de desculpas, e foi assim que saiu do local com um buquê delicado de tulipas brancas e roxas. Aproveitou o mercado ao lado e comprou um vinho que sabia ser o preferido da namorada. Estava disposta a compensar por suas últimas atitudes e comportamentos. Seguiu para o hospital, e como combinado, Caroline a esperava no estacionamento, próxima ao carro designado para sua escolta. Rosa buzinou e Carol logo correu em direção ao veículo.

Rosamaria: demorei? – esticou seu corpo para depositar um selinho nos lábios de Gattaz.

Carol: que nada – sorriu – passei na Nai antes, ela me deu um puxão de orelha, mas ficou feliz em saber que conversamos.

Rosamaria: olha – coçou a cabeça – eu comprei essas flores como um pedido de desculpa – pegou o buquê no banco traseiro e entregou – também comprei esse vinho e esses chocolates – mostrou os itens – mas o chocolate é pra dividir com a Helena, e o vinho comigo – sorriu com a língua entre os dentes.

Carol: eu amei, linda – cheirou as flores – mas você não precisava se incomodar.

Rosamaria: é uma forma de mostrar que eu estou arrependida por tudo que ando fazendo de errado – falou baixo – eu juro que não é por querer.

Carol: vamos pra casa – fez um carinho no rosto da mais nova – não vejo a hora de preparar um jantarzinho pra gente, não vai ser nada muito elaborado, mas eu acho que você vai gostar.

E assim seguiram até o apartamento de Caroline. Foi só abrir a porta que um pequeno corpo se chocou ao corpo da médica.

Helena: mamãe – cumprimentou comemorando.

Carol: boa noite, Lena – passou a mão pelos cabelos da filha – como você está?

Helena: feliz, hoje chegou uma tia nova na escola e a gente brincou bastante.

Rosamaria: uma tia nova é? – se fez presente – mas espero que você não me troque por ela.

Helena: tia Rosa, que saudade – abraçou a delegada – você vai jantar com a gente hoje?

Rosamaria: vou sim, e eu trouxe chocolates para comermos depois.

Carol: oi, mãe – cumprimentou a mais velha que só observava a cena com um sorriso no rosto.

Cidinha: oi, filha, como foi seu dia?

Carol: intenso, tô morrendo por um banho – riu fraco – janta com a gente hoje?

Cidinha: na verdade eu tenho um – fez uma pausa para pensar – como vocês dizem? Um date – se levantou rindo pela cara que a filha fez – vou me arrumar para não me atrasar – deu um beijo no rosto de Carol que ainda estava estática – Rosa, minha filha, como você está? – cumprimentou a nora que estava segurando o riso.

Rosamaria: cansada também – disse rindo – mas me prometeram um jantar e estou ansiosa.

Cidinha: eu vou indo, aproveitem – se despediu.

Carol: calma – pediu – a senhora vai no que? – falou depois de um tempo.

Cidinha: em um date, encontro, jantar com alguém, como você quiser chamar – falou – como eu te disse uma vez, assim como você, sou mãe e sou mulher – piscou e saiu.

Nossa Vida - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora