Nossa Vida - Rosattaz

Aniversário

Domingo. Dia da comemoração do aniversário de Caroline. Obviamente todos acordaram um pouco mais tarde do que o comum devido às comemorações da festa Buijrol no dia anterior. E é claro que Carol e Rosa se demoraram na cama graças a energia gasta durante a madrugada.

Carol: bom dia - sussurrou, apertando a namorada em seus braços.

Rosamaria: bom dia - bocejou - e se a gente passar o dia aqui? - perguntou ao lhe dar um selinho demorado.

Carol: considerando que é o churrasco para o meu aniversário e nós temos uma filha de sete anos, acho que isso é meio impossível - deu uma pincelada com o indicador no nariz da outra.

Rosamaria: a gente finge que ainda está dormindo - fez um bico com os lábios.

Foi ela terminar de falar e batidas na porta foram ouvidas.

Helena: mamães, a Tinha falou que o café tá na mesa - chamou.

Naiane: deixa suas mães dormirem, elas devem estar bem cansadas - se fez ouvida.

Carol e Rosa se entreolharam.

Julia: Nai - chamou sua atenção.

Roberta: a sorte é que o Tio Roque e Tia Adelir dormiram na casa dos fundos e as crianças estão em um quarto longe, viu - debochou.

Macris: deixem elas descansarem, meninas - pediu calmamente.

Josy: elas não deixaram a gente dormir a noite e a gente não deixa elas dormirem agora.

Rosamaria: vão embora - gritou rindo de dentro do quarto.

As amigas riram, mas logo o silêncio voltou a reinar. E então Montibeller se virou para olhar o rosto ruborizado da namorada.

Carol: todo mundo escutou - sussurrou.

Rosamaria: amor, sem surtos, ok? - deixou um carinho no rosto da mais velha - todo mundo transa, todo mundo sabe que a gente transa, e a gente sabe que apesar das piadinhas que vamos ouvir, ninguém vai nos constranger.

Caroline suspirou antes de assentir. A mais nova aproveitou para deixar um beijo carinhoso em seu pescoço antes de se levantar em direção ao banheiro. Ela soltou um gemido baixo e Gattaz pôde perceber algo errado em seu caminhar. Sua mente foi juntando as peças e ela caiu em gargalhada, fazendo com que Rosa olhasse envergonhada.

Rosamaria: não zoa - pediu.

Carol: você tá mancando - disse o óbvio, ainda sem conseguir parar de rir.

Rosamaria: e a culpa é de quem? - questionou com as mãos na cintura.

Carol: vem aqui - a chamou com uma das mãos e um sorriso safado - eu faço um carinho.

Rosamaria: vai ficar longe até eu me recuperar - entrou no banheiro, mas de lá gritou - safada.

Carol continuou rindo e pensando na sorte que tem por namorar aquela mulher. Não se demorou na cama e se juntou ao banho da outra, mas não fizeram nada além de conversarem sobre o dia anterior e o que ainda estava por vir.

Enquanto se arrumavam, Gattaz percebeu que Rosa havia ficado quieta de repente e estranhou aquilo.

Carol: tudo bem, amor? - perguntou se posicionando atrás da mulher, que logo virou-se colocando os braços nos ombros da mais alta.

Rosamaria: posso te pedir uma coisa? - seus olhos pidões não deram chances para Gattaz que apenas assentiu - viva esse dia.

Carol: como assim? - seu semblante de pura confusão.