Nossa Vida - Rosattaz

Conversa no corredor

POV Rosamaria

Acordei com o celular despertando e, mentalmente agradeci por não ter demorado a dormir e por saber que depois que minha sogra buscar Helena, eu poderei voltar a descansar por mais algumas horas.

Olhei para o lado e Caroline ainda dormia. Não é possível. Cutuquei ela e tudo que recebi foi resmungos.

Carol: me deixa dormir mais um pouco – falou embolado e eu revirei os olhos.

Rosamaria: ah mas quando você acordar, você vai me explicar isso porque não é normal uma coisa assim – resmunguei me levantando.

Fiz minha higiene matinal e mandei uma mensagem para Cidinha que me informou não ter necessidade de dar café da manhã para Lena, pois Renata havia preparado uma refeição em seu apartamento, ou seja, eu só precisava acordar minha filha, ajudá-la a se arrumar e entregar a criança para a avó. Novamente agradeci mentalmente sabendo que voltaria para a cama mais rapidamente.

Entrei no quarto infantil e me surpreendi ao ver Helena já de pé e com uma roupa diferente de seu pijama.

Helena: bom dia, mamãe – ela me cumprimentou animada – a vovó já está vindo?

Rosamaria: bom dia, filha – dei um beijo em sua cabeça – ela está terminando de se arrumar – informei ainda surpresa – acordou sozinha, foi?

Helena: sim – riu – eu acordei para fazer um xixizinho, aí fui na sala e vi no relógio que já tava quase em sete horas, aí eu nem dormi mais – deu de ombros.

Rosamaria: sua mochila já está arrumada, sua mãe ainda está dormindo, mas sei que ela te daria um beijo e um abraço, então vou fazer isso por ela e por mim, ok? – falei a puxando para meus braços – se cuida lá, obedece sua avó e seus tios, não sai sozinha, não sai com estranhos, não fala com quem você não conhece, come direitinho, bebe bastante água, cuidado com a piscina e com o lago, e se acontecer qualquer coisinha, pede para me ligarem que eu corro até você – dei todas as minhas recomendações ao mesmo tempo em que me questionei quando virei essa pessoa.

Helena: tá bom, mamãe – achou graça e assim que ouviu a campainha, saiu correndo e eu fui atrás.

Rosamaria: bom dia, Cidinha – disse assim que abri a porta – bom dia, Zé – eles cumprimentaram a mim e Helena.

Cidinha: cadê a Carol? – estranhou.

Rosamaria: dormindo ainda, apagada – revirei os olhos – mas tá aqui tudo arrumado, os documentos dela estão aí também, espera só um pouco que eu vou pegar um dinheiro pra você levar de emergência.

Cidinha: nada disso – pegou a mochila das minhas mãos – nós já estamos indo e não precisa se preocupar com nada disso – deixou um beijo em meu rosto – fale pra Carol que deixamos um beijo.

Rosamaria: eu falo – sorri – e qualquer coisa, me liguem que eu corro até lá.

José Roberto: fique em paz, Rosamaria, Helena vai se divertir muito esse final de semana – sorri ainda mais ao ver o carinho do meu chefe com minha filha.

Helena: tchau, mamãe – me abaixei para receber seu abraço – eu amo você e a Mamãe Carol.

Rosamaria: e nós amamos você, Lena – fiz um carinho em seu rosto – agora vai antes que eu mude de ideia e te prenda aqui comigo – brinquei e eles logo foram.

Soltei um suspiro ao olhar em volta e sentir a casa vazia. Decidi deitar no sofá mesmo, fechei meus olhos só um pouquinho. Pouquinho esse que durou mais quase quatro horas. Acordei e olhei em meu celular, me assustando ao ver que já era pouco mais de 11h da manhã. Me levantei, alongando meu corpo, olhei em volta e nenhum sinal de Caroline. Não é possível que essa mulher ainda esteja dormindo.