Pra sempre

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Pov Marilia

Eu voltei pro estacionamento da escola correndo eu sou uma anta não é possível, como que eu esqueci o carro aqui???? Depois de alguns minutos eu estava no hospital.

- Filha.- Minha mãe me chamou.- Cadê seu celular? Seu pai te ligou um monte vez.

- Aqui.- Falei passando a mão no bolso.- Merda.- Resmunguei.- Eu perdi, caralho.- Xinguei, aquele celular eu tinha ganhado da minha avó que morreu eu tinha um carinho muito grande por ele.

- É só um celular.- Minha mãe sorriu.- Vou falar pro seu pai comprar outro- Ela deu os ombros.- Seu pai disse que quer falar com você

- Não é só um celular.- falei grossa e entrei no elevador.- Burra, burra - Bati a mão na testa algumas vezes, o elevador abriu e eu saí caminhei até o quarto da Maiara que estava um pouco cheio a Naiara, Luana, o Cesar, o Marcos e a Almora estavam todos lá.

- Marilia.- Naiara falou sorridente.- Que bom que chegou já estava pensando que tinha batido meu carro.- ela riu e eu tirei a chave do bolso sem muito humor.

- Obrigada.- Entreguei ela.

- A gente já vai indo Maih.- Luana sorriu e beijou a Maiara, como eu perdi meu celular? Que ódio.

- Até mais.- Maiara falou e as meninas saíram.- Como foi na aula?- Ela me olhou enquanto eu colocava as sacolas em cima da mesinha.

- Normal.- falei séria.

- Então filha.- Almira começou a falar.- Seu aniversário é semana que vem, estávamos pensando em fazer uma festa enorme.

- Eu prefiro uma coisa só prós íntimos.- Marcos resmungou.

- Eu prefiro que tenha muito álcool.- César falou rindo.

- Eu prefiro que seja algo íntimo.- Maiara falou e Marcos comemorou.- Acho que a gente pode só fazer um bolo ou algo do tipo.

- Aí chamamos a família.- Marcos deu os ombros.- Alguns amigos e pronto.

- Ainda prefiro algo movimentado.- Cesar falou fazendo uns passinhos.

- Li você tá bem?- Maiara falou prestando atenção em mim.

- Eu preciso ir pra casa.- Falei pensativa.- Eu comprei algumas coisas pra você enfeitar o quarto.- mostrei a sacola.- A gente se fala.- Dei um selinho nela e saí, eu estou muito chateada comigo mesma sei que era só um celular mais tinha valor sentimental pra mim.

[...]

- Pai?- Falei na porta do quarto dele.

- Entra.- Ele gritou, quando entrei ele estava deitado lendo um livro.

- Minha mãe falou que você queria falar comigo.- Falei escorando na porta.

- Queria sim.- Ele fechou o livro e se sentou na cama.- Ela me falou que você perdeu o celular, eu comprei outro está em cima da sua cama.

- Só isso?- Falei sem paciência.

- Não.- Ele me olhou.- Quero falar sobre a Maiara, você não acha que está focando muito nela?

- Oi?- falei sem acreditar no que ele estava falando.

- Filha ela pode...- Ele recuou nas palavras.

- Morrer a qualquer momento?- Completei com ignorância.- Acha que eu não sei?

- Eu sei que sabe.- Ele falou agoniado.- Mais filha já parou pra pensar como você vai ficar? Como você vai viver depois disso? Você não tem mais uma vida, você se resume a dormir na casa da Maiara, todos os segundos você está grudada nela.

Trilha Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora