Piorou?

385 52 0
                                        

Pov Marilia

César dirigia feito louco enquanto Maiara se contorcia nos meus braços, meu coração estava acelerado eu não conseguia controlar meu medo e ansiedade. Um percurso que durava cerca de 30 min César fez em 15 min, chegamos no hospital e o César pegou a Maiara no colo eu saí correndo em direção a recepção.

- Edu.- Falei afobada.

- Menina Marilia.- Ele sorriu.- Está tudo bem?

- Eu preciso de um médico.- Apontei pra Maiara e ele apertou um botão que tinha no balcão.

- O que ela tem?- Um médico se aproximou correndo e outros enfermeiros apareceram com umas cadeiras de roda.

- Não sei.- A mãe da Maiara falava perdida em suas Lágrimas.- Ela começou a sentir uma dor estranha.

- Ok.- O médico concordou.- Leva ela pro consultório 7, apliquem 10mg de morfina nas veias dela.- Ele falou e os enfermeiros saíram com a Maiara, eu comecei a ir atrás dele.

- Você não pode vim.- Um homem falou.

- eu posso sim.- Falei insistindo.

- Marilia? – Escutei a voz da minha mãe.- O que foi filha?

- Senhora ela quer entrar no consultório mais a paciência está em estado grave.- O enfermeiro falou fechando a Maiara na sala.

- Entendi.- Ela sorriu.- Eu assumo daqui.

- Mãe.- Eu falei chorando.- Ela tá ali.- Apontei pra sala.- Eu tenho que ficar com ela.

- Primeiro fica calma.- Ela Falou tentando melhorar a situação.- O que aconteceu?

- Ela sentiu uma dor muito forte.- Comecei a andar de um lado pro outro.- Aí a gente trouxe ela.

- Filha respira.- Ela falou

- COMO?- Eu gritei e percebi que tinha gritado.- Desculpa.- Falei em um sussurro.

- Tudo bem.- Ela falou e me abraçou.- Vai ficar tudo bem, tá?- Ela fez um leve carinho.- Eu prometo.

- Eu tô com medo.- Chorei e ela fez carinho em mim. Ficamos uns minutos abraçadas até que eu me acalmei e voltei pra onde havia deixado a mãe da Maiara, quando cheguei lá o pai dela também estava lá.

- Tem notícias dela?- o César falou me vendo com minha mãe.

- Ainda não.- Minha mãe falou meiga.- Prometo que daqui a pouco volto com notícias, ok?

- Ok.- César concordou... Três meses... Ela tem no máximo três meses de vida... a medicina tem que está errada... Me sentei e coloquei as mãos na cabeça tentando afastar os pensamentos da minha cabeça.- Da primeira vez eu também fiquei com muito mais medo.- César falou se sentando do meu lado.- Hoje eu ainda fico com medo mais me controlo pra cuidado dos meus pais.

- Ela vai ficar bem?- Perguntei olhando pra ele.

- Ela é forte.- Ele sorriu segurando na minha mão.- Ela aguenta isso.- Me senti um pouco mais calma depois das palavras do César..

[...]

- Senhora Pereira?- O Dr Smith falou aparecendo na recepção.

- Aqui.- Ela falou e todos nós chegamos mais pra perto dele.

- Marilia?- ele me olhou surpreso.

- ei.- Falei baixinho e ele sorriu.

- A Maiara já está melhor.- Ele falou calmo.

- Graças a Deus.- Almira falou.

- Mais eu preciso falar com você e seu esposo a sós.- Dr Smith falou em um sorriso fraco.

- Enquanto isso a gente pode ir ver a Maiara?- César perguntou e ele concordou, a gente foi até o lugar onde ela estava. Quando entramos ela estava dormindo e recebendo algum remédio ou soro não sei nas veias.

- Ei maninha.- O César falou se sentando do lado dela.- Você tá melhor?

- Um pouquinho.- Ela respondeu em um murmuro baixinho.- Um pouco dolorida.

- Imagino.- Ele deu um beijo fraco na bochecha dela.- Gostei desse quarto, pelo menos não tem cheiro de naftalina.

- Verdade.- Ela soltou um sorrisinho fraco.

- Uma vez a Maiara ficou em um quarto que tinha muito cheiro de naftalina.- César falou comigo sorrindo, eu me mantinha longe afastada.- Eu criei uma alergia que puta que pariu.

- Imagino.- Soltei um sorriso fraco, eu estou bem assustada.

- Vem cá.- Maiara me chamou e eu me sentei do lado oposto do César.- Você tá bem?

- Eu tô .- Falei passando a mão delicadamente no rosto dela.- Você tá melhor?

- Não Precisa ficar assustada.- Ela passou a mão no meu rosto com delicadeza.- Tá tudo bem.

- Eu sei.- Sorri fraco.

- Te amo tá?- Ela sorriu e eu dei um selinho em seus lábios.

[...]

- TOC TOC.- O pai da Maiara falou entrando no quarto.- Oi pessoal.

- Ei pai.- Maiara sorriu e eu me afastei pro homem conversar com ela.

- Vou beber uma água.- Falei saindo, Almira estava escorada na parede chorando.- Almira?

- A-ah.- Ela se assustou e limpou as lágrimas rapidamente.- Oi Marilia.

- Você está bem??

- O câncer se espalhou.- Ela falou chorando novamente e eu abracei ela.- A minha filha está morrendo...

- E-eu.- Gaguejei tentando colocar meus pensamentos em ordem.- Eu preciso ir ali.- Falei soltando ela e indo andando rápido sem direção, minha namorada está morrendo e agora parece que vai ser mais rápido do que eu imaginava... Eu vou surtar.

- Não esperava ver você aqui. – Dr Smith falou se aproximando de mim, eu limpei as lágrimas e voltei minha atenção a ele.

- A Maiara é minha namorada.- Dei um sorriso fraco.

- Ah sim.- Ele me olhou atento.- O que ela tem é um pouco grave.

- Tem cura?- Perguntei.

- É muito complicado o caso dela, vamos ter que entrar com a quimio pra ver se teremos algum resultado.

- Entendo.- Respirei fundo.

- Vou lá conversar com eles.- Ele falou e nós dois fomos pro quarto. Ele falou e falou, Almira não chorava mais o Marcos também... O César ficava quieto... Maiara chorava um pouco... Essa cena me deixou paralisada... Eu não sabia o que falar ou como agir... Só fiquei quieta na minha...

Trilha Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora