Trilha Do Destino

Tempo?

Pov Marilia

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Não me julguem eu não resisto a essa garota, eu ainda estou chateada pela forma que ela agiu e sei que ela ainda está chateada pelo que falei eu não quis dizer que estava cansada dela especificamente, quis dizer que eu estava cansada dessas crises de ciúmes bobas que ela tem,  eu só estava conversando com a Maraisa e a Ari porque ambas estão me ajudando a recuperar as notas, eu particularmente acho impossível eu recuperar certeza que eu vou tomar bomba.

- Bom dia.- Uma enfermeira entrou no quarto toda sorridente, eu estava sentada na poltrona mexendo no notebook e Maiara estava jogando no meu celular.

- Bom dia.- Eu e Maiara falamos em um coral.

- Marilia sua mãe quer falar com você, ela está na sala do Dr Smith.- A enfermeira falou e caminho até a Maiara.- Deixa eu ver como essa mocinha está.- Ela sorriu.

- Sabe o que ela quer?- Perguntei um pouco grossa, eu não falei com ela desde que tudo aconteceu não suporto nem olhar pra cara dela.

- Não sei.- Ela voltou a atenção pra mim.- Enquanto você conversa com ela eu vou preparar essa moça aqui pra receber alta

- Alta?- Maiara falou sorridente com a notícia mais eu estranhei um pouco.

- Sim, hoje você poderá voltar pra casa.- Ela sorriu.

- Ok.- Eu falei um pouco desconfiada.- Vou falar com ela, já volto.- Depositei um beijo calmo em sua testa e fui em direção a sala do Dr.- Queria falar comigo?- Falei séria, minha mãe estava em pé e o Dr Smith sentado na mesa dele.

- Oi Marilia.- Ele falou com um sorriso fraco.- Fecha a porta por favor.- Ele falou e eu fechei.- Quer sentar?- Ele falou meiogo e eu neguei com a cabeça.

- A gente precisa ter uma conversa um pouco séria.- Minha mãe falou.

- Fala então.- Fui grossa.

- A Maiara vai receber alta.- O Dr falou me observando.

- Eu fiquei sabendo.- Dei os ombros.

- Não sei como falar isso.- Ele murmurou e eu fiquei um pouco apreensiva.

- Acho melhor você se sentar Marilia.- Minha mãe falou, eu relutei um pouco mais logo decidi sentar.- Nós falamos que a Maiara teria três meses de vida, pelos exames.- Ela se sentou na beirada da mesa do Dr.- Mais ela voltou pro hospital e fizemos vários novos exames que não deram resultados positivos.

- Para de enrolação.- Falei sentindo meu coração bater pela boca.

- O câncer se espalhou mais rápido do que imaginamos.- Dr Smith tomou a palavra.

- Que?- Olhei perdida.- Então aumentem as sessões de quimio, dêem remédios, não sei!!! façam alguma coisa.- Me levantei sentindo minha respiração ficar descontrolada.

- Nós já fizemos isso.- Minha mãe se aproximou de mim.- Já aumentamos a quimio, tentamos alguns remédios mais nada deu certo.

- A gente falou com os familiares dela e eles optaram por ter ela em casa.- O Dr falou se aproximando de mim também.- Nesse momento.- Ele engoliu seco.

- Quanto tempo ela tem?- Falei sentindo uma enorme vontade de chorar.

- Meses.- O Dr falou um pouco perdido

- Semanas.- Minha mãe falou atenta.- Dias, horas?- Ela parecia se importar muito.- Não sabemos.

- CARALHO.- Gritei me virando e dando um murro na parede.

- Filha.- Minha mãe tocou meu braço.

- Não encosta em mim.- Falei grossa e ela se afastou, não consigo decifrar o tamanho do que estou sentindo, eu não consigo explicar...