Trilha Do Destino

O surto vem

Pov Marilia

- Marilia?- O César me balançou, eu estava cochilando na cadeira do quarto da Maiara e a família dela tinha ido conversar melhor com o doutor.

- O-oi.- Falei abrindo os olhos com dificuldade, eu estava cansada.

- Quer ir embora descansar, eu passo a noite com ela.- Ele falou gentil.

- Acho que vocês precisam conversar.- Me levantei.- Se programarem e assimilarem tudo que tá acontecendo, eu fico aqui.

- Certeza?- Ele me olhou com receio e eu assenti com a cabeça.- Tudo bem.- ele sorriu.- Até amanhã.

- Até.- Falei enquanto ele saía.

- Eu estou com sede.- Escutei a voz manhosa da minha garota.

- Vou pegar água.- Falei carinhosa pegando um copo com água pra ela.

- Cadê minha mãe?- Ela falou sentando na cama.

- Eles foram pra casa, aqui.- falei entregando a água pra ela.- Você tá sentindo dor?

- Tô melhor.- Ela sorriu dando um gole na água.- Você deveria ir embora pra descansar.

- Pra sua sorte eu vou ficar aqui.- Falei com um sorriso meigo.

- Eu gosto.- Ela passou a mão delicadamente no meu rosto.- Gosto quando sorri assim.

- Te amo tá.- Falei dando um selinho nela.- O que você faz quando fica internada?

- Minha mãe contava várias histórias.- Ela soltou um sorrisinho fofo.- Foi nessas indas e vindas pro hospital que eu descobri sobre o maravilhoso mundo da Disney.

- Minha mãe também contava histórias quando eu era mais nova.- Falei e ela franziu o cenho.- O que?

- Você não tem cara de quem ouvia histórias sobre o maravilhoso mundo da Disney.- Ela me olhou curiosa.

- Tem que ter cara pra histórias agora?- Falei rindo.

- Você tem cara de quem ouvia histórias sobre pessoas que matavam as crianças.- Ela começou a rir.

- Aiai.- Revirei os olhos.- Minha mãe me contava histórias interessantes sobre sequestros, assassinatos.

- Isso explica muita coisa.- Ela começou a rir.

- Vou fazer cosquinha em você.- Fingi estar brava.- e não tem como você se defender.

- Nada de cosquinha.- Minha mãe falou entrando no quarto.- Ela precisa de repouso.

- Obrigada.- Maiara falou convencida.

- Maee você me atrapalhou.- Revirei os olhos.

- Vim ver como a senhorita está.- Ela falou se aproximando de Maiara e eu me afastei.- Você está sentindo alguma dor?

- Ainda não.- Maiara falou com um sorriso fraco enquanto minha mãe fazia um check-up nela.

- isso é ótimo.- Ela sorriu.- O efeito da morfina já passou sinal que você está melhorando.- Ela falou e se despediu da gente.

- Sua mãe é um amor.- Ela falou sorrindo.

- Quando quer é sim.- Dei os ombros e puxei uma cadeira pra perto da Maiara.- Mais voltando ao assunto das histórias, ela me contava umas bem legais.- Me sentei.

- Tipo?- Ela falou duvidando.

- Uma vez ela me contou uma muito louca.- Fiz uma tensão de leve.- Era de uma garota que era bandida e a outra uma metida do ensino médio.