Porque...

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Pov Marilia

Acordei cedo pra poder ir rápido pro hospital, a noite foi tão tranquila eu consegui dormi bem eu tive sonhos com a Maiara e sim foram sonhos estranhos mais foram sonhos lindos... Sonhei que ela era um anjinho tão lindo, parecia uma porcelana de tão delicada. Peguei meu carro e fui pro hospital, quando cheguei lá tinha uma movimentação além do normal não me importei muito e fui pro quarto da Maiara quando entrei ela não estava lá somente o César estava, ele estava sentando com as mãos enfiadas no cabelo.

- Não sabia que ela tinha exames hoje.- falei chamando a atenção dele pra mim, seu rosto estava avermelhado e seus olhos inchados.- Aconteceu alguma coisa?- Perguntei me preocupando um pouco.

- E-e.- Ele se levantou e tentou falar algo mais as palavras não saiam.

- Cadê a Maiara ?- Perguntei sentindo meu coração acelerar, ele não conseguia pronunciar nenhuma palavra.- PORRA FALA ALGUMA COISA.- Falei sentindo algo estranho no meu peito, ele desabou a chorar.- CADÊ ELA?- Saí do quarto gritando.- MAIARA?- Gritei correndo de uma lado pro outro.- MAIARA?- Gritei abrindo porta de quartos e consultórios.- MÃE.- gritei olhando minha mãe conversando com alguns homens que estavam uniformizados.- Cadê a Maiara?- Falei algo preso na minha garganta.

- Filha.- Minha mãe soltou em um Sussurro.

- Precisamos da sua assinatura pra levarmos o corpo.- Um dos homens falou.

- MÃE?- Eu falei as Lágrimas começaram a escorrer em meu rosto.- Cadê ela?

- Mari..- Minha mãe tentou falar algo mais logo vi uma maca passando, nela havia um corpo com um saco preto por cima...

- Maiara.- Eu falei em um fio de voz e me aproximei..

- Moça você não pode.- Um homem tentou me afastar do corpo, tirei o plástico preto com cuidado e lá estava minha namorada.- Moça.

- Deixa ela.- A voz de Almira apareceu.

- NÃOOOO.- eu gritei abraçando o corpo.- AMOR VOLTA.- Eu apertei ela contra meu peito.- NAO ME DEIXA AQUI.- Eu soluçava.- ME LEVA COM VOCÊ.- Eu falei em um fio de voz.- ACORDAAA - Eu gritei balançando o corpo dela em um ato desesperado.

- Marilia.- Senti alguém me puxar, o homem voltou a empurrar a maca em direção ao carro funerário.

- ME SOLTA.- Eu gritava e chorava descontroladamente.- ME SOLTA.- alguém me segurava com força por trás.- EU NÃO POSSO DEIXAR LEVAREM ELA.- Eu chorava.- NÃO DEIXEM LEVAR ELA.- Eu amoleci nós braços da tal pessoa.

- O papai tá aqui.- Meu pai falou e eu percebi que estava com ele.

- Eles levaram ela.- Eu falei soluçando e abraçando forte ele.- Busca ela pai, por favor.- Eu chorava compulsivamente.- BUSCA ELA PAII.- Eu gritei apertando o corpo do meu pai com todas as forças que tinha em mim.- Eles estão levando ela.- Eu soluçava.- Meu pai não se atreveu a falar nada... Ele passava a mão com cuidado nas minhas costas... Ela se foi... Ela me deixou... NÃO EU NAO ESTOU PREPARADA, ALGUÉM TRÁS ELA DE VOLTA, POR FAVOR.

- Respira.- Meu pai sussurou baixinho.

- Ela me deixou.- Eu chorava...

- Vai ficar tudo bem.- Meu pai falou baixinho novamente..

- E-eu não consegui fazer ela ficar bem.- Escutei uma voz chorosa atrás de mim.- Era meu dever proteger ela.- Me soltei dos braços do meu pai e me virei.- Eu não protegi minha irmã.- César chorava se sentindo culpado.. Eu não consegui falar nada... Eu simplesmente corri e abracei ele.- Eu não consegui proteger ela.- Ele soluçava mais e mais... Eu apertei ele em um ato de desespero... Minha alma grita, meu corpo pede socorro, minha cabeça não aceita que isso é verdade POR FAVOR ISSO É SO UM SONHO RUIM, ALGUÉM ME ACORDA?!

Trilha Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora