Runners •ᴄᴀʀʟ ɢʀɪᴍᴇs

C.D.C

Eu estava sentada do lado de fora da tenda, minha mente vagando enquanto observava o céu escurecer lentamente. Rick estava mais adiante, mexendo em um rádio, tentando fazer contato com alguém chamado Morgan.

Enquanto isso, o acampamento estava agitado com a chegada de Rick e os outros sobreviventes que haviam retornado de Atlanta. Lutamos juntos contra os zumbis, mas não sem perdas. Jim foi mordido durante o ataque e agora estava lentamente começando a mostrar os sinais da transformação.

Andrea estava em prantos, inconsolável com a perda de sua irmã, Amy. Elas eram inseparáveis, e ver Andrea tão devastada partia meu coração. Enquanto isso, Shane colocava toda a culpa em Rick por ter partido, insistindo que sua decisão havia colocado todos nós em perigo.

Mas Rick estava decidido. Ele sabia que o acampamento não era mais seguro, não depois do que aconteceu. E agora, ele tinha um plano.

Quando Rick voltou para perto de meu pai e eu, seu olhar era sério e determinado.

—Nós precisamos sair daqui. Vamos para o Centro de Controle de Doenças. Eles podem ter uma cura para Jim, e talvez até mesmo encontrar mais sobreviventes. — Sua voz era firme, mas carregada de preocupação.

Eu assenti, entendendo a urgência da situação. Não tínhamos outra opção se quiséssemos sobreviver.

Enquanto nos preparávamos para partir, Jim se aproximou de nós, sua expressão pálida e fraca. Ele sabia o que estava acontecendo e pediu para ser deixado para trás. Era um pedido difícil de ouvir, mas todos sabíamos que era a única opção.

O caminho até o C.D.C. foi longo e tenso, cada momento carregado de incerteza e medo do desconhecido. Mas finalmente chegamos, desesperados por encontrar ajuda e esperança em meio ao caos que nos cercava.Quando batemos à porta do C.D.C., nossos corações estavam acelerados, esperando desesperadamente por uma resposta. E então, ela veio.

Uma voz pelo interfone nos instruiu a recuar, mas Rick não desistiu. Ele implorou por ajuda, explicando nossa situação desesperadora. E então, contra todas as probabilidades, a porta se abriu. Entramos no C.D.C., cada passo nos aproximando de uma nova jornada, cheia de esperança e perigos desconhecidos. Mas estávamos juntos, unidos pela determinação de sobreviver, não importa o que viesse em nosso caminho.

Eu estava sozinha afastada de todos que conversavam animadamente, eu já havia enchido a barriga e agora estava perdida em meus próprios pensamentos, quando meu pai se aproximou. Sua presença me tirou de meus devaneios, e eu olhei para ele, vendo a tensão em seu rosto enquanto ele respirava fundo, como se estivesse se preparando para algo difícil.

— Isabella, precisamos conversar. — Sua voz era calma, mas carregada de uma seriedade que me fez prestar atenção.

Eu assenti, esperando que ele continuasse. Meu pai fez uma pausa, como se estivesse reunindo coragem para o que estava prestes a dizer.

— Quando o apocalipse começou, eu estava no Hospital de King County. — Ele começou, sua voz baixa e carregada de emoção.— Eu sabia que as coisas estavam ficando ruins lá fora, que a epidemia zumbi estava tomando proporções assustadoras. Eu tentei... Eu tentei tirar o Rick de lá.

Eu ouvi atentamente enquanto meu pai continuava, contando-me sobre os eventos terríveis que ele testemunhou naquele hospital. Ele falou sobre os policiais atirando em pacientes, sobre o caos e o terror que reinavam nos corredores. E então, ele falou sobre o momento em que encontrou Rick, internado em coma.

— Eu pensei que ele estava morto. — Meu pai admitiu, sua voz falhando um pouco.— Eu não escutei seu coração, Isabella. Eu pensei que... eu pensei que ele estava morto.