Eu fiquei paralisada, meu corpo se recusando a obedecer aos comandos da minha mente. O choque me atingiu como um golpe físico, e tudo ao meu redor pareceu desacelerar. Minhas mãos tremiam incontrolavelmente, e minha visão ficou turva com as lágrimas que começaram a se formar.— Carl! — gritei, minha voz saindo como um sussurro desesperado. Eu caí de joelhos ao lado dele, minhas mãos hesitantes pairando sobre o ferimento. O sangue escorria pelo rosto dele, formando poças no chão. Meu coração batia tão forte que eu sentia cada pulsação na minha garganta.
Sarah e Rick correram até nós, e Sarah rapidamente começou a avaliar o ferimento de Carl. Ela gritou por ajuda, mas eu mal conseguia entender as palavras dela. Tudo o que conseguia fazer era olhar para Carl, me sentindo impotente e aterrorizada.
— Isabella, precisamos de você! — A voz de Sarah cortou a névoa em minha mente, trazendo-me de volta à realidade. — Ele precisa de ajuda agora!
Minhas mãos ainda tremiam, mas eu forcei meu corpo a se mover. Peguei a mão de Carl, apertando com força, como se pudesse transferir minha força para ele.
— Vai ficar tudo bem, Carl. — murmurei, minha voz trêmula. — Vamos cuidar de você.
O tempo parecia se arrastar enquanto esperávamos por mais ajuda. Eu não conseguia tirar os olhos de Carl, observando cada respiração dele, cada movimento. A imagem do ferimento horrível estava gravada na minha mente, mas eu sabia que precisava ser forte por ele.
Finalmente, Glenn e Maggie chegaram com suprimentos médicos, e eu me afastei para dar espaço a eles, ainda segurando a mão de Carl. Sarah começou a trabalhar rapidamente, limpando e estancando o ferimento.
— Ele vai sobreviver? — perguntei, minha voz mal passando de um sussurro.
Sarah olhou para mim, sua expressão determinada.
— Vamos fazer tudo o que pudermos, Isabella. Mas precisamos levar ele para dentro, agora.
Com cuidado, Rick levantou Carl e o levou para dentro de uma das casas. Eu fiquei ao lado dele o tempo todo, segurando sua mão, me recusando a deixar ele sozinho. A sala ao nosso redor estava em caos, mas minha atenção estava totalmente focada em Carl.
Enquanto Sarah e os outros trabalhavam para estabilizar ele, eu rezei silenciosamente para que ele sobrevivesse. A dor e o medo eram quase insuportáveis, mas eu sabia que precisava ser forte, por Carl e por todos nós.
Rick estava lá fora, lutando com os zumbis que entraram e com as pessoas que se transformaram com o ataque, eu ouvi a voz de Daryl vindo do lado de fora indicando que ele havia chego com os outros, eu nem entendia o que Sarah estava fazendo, não fazia ideia de que ela era ajudante do médico.
Ela terminou quando o sol já estava no céu, Carl estava desmaiado ainda, eu não prestei atenção em nada do que ela falou para Rick e os outros, só sei que ela não conseguiu salvar o olho dele e que teríamos que esperar para ver se ele iria acordar ou não.
Eu passei a última semana grudado ao lado da cama de Carl, a noite estava silenciosa, exceto pelo som suave da respiração de Rick dormindo na cadeira ao lado da cama de Carl. Eu estava sentada ali há dias, segurando a mão de Carl, esperando por qualquer sinal de que ele iria acordar. Mas ele permanecia imóvel, cada respiração sua era um lembrete de quão frágil era a linha entre a vida e a morte.
Com cuidado, soltei a mão de Carl e me levantei, minhas pernas dormentes protestando contra o movimento. Me aproximei da cabeceira da cama, olhando para o rosto pálido de Carl. Acariciei seus cabelos suavemente, sentindo a textura macia sob meus dedos. Ele parecia tão jovem, tão vulnerável. Era difícil acreditar que ele tinha passado por tanta coisa.
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Runners •ᴄᴀʀʟ ɢʀɪᴍᴇs
Fiksi PenggemarIsabella sempre soube que sua vida não seria fácil, mas o apocalipse zumbi trouxe desafios inimagináveis. Filha de Shane, um homem cujas decisões controversas moldaram o início do novo mundo caótico, Isabella se vê ignorada e desprezada por Rick apó...