O caos

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O som estridente do alarme ecoava pelos corredores vazios da prisão, enchendo o ar com uma urgência implacável. Estávamos presos na sala dos alarmes, eu e Carl, lutando contra o tempo e o destino incerto que nos aguardava do lado de fora.

Cada vez que o alarme soava, meu coração saltava na garganta, e eu segurava a respiração, esperando ouvir os passos dos outros se aproximando. Esperando que Rick e os outros nos encontrassem antes que fosse tarde demais.

Carl e eu estávamos juntos, lado a lado, nossas mãos pressionando contra a porta, tentando desesperadamente manter ela fechada. O metal frio sob nossas palmas suadas era uma barreira entre nós e a liberdade, uma barreira que parecia cada vez mais insuperável.

O tempo estava se esgotando. Sabíamos que os zumbis estavam se aproximando, atraídos pelo som do alarme, famintos por carne fresca.

— Precisamos sair daqui, Bella. — Carl murmurou, sua voz cheia de determinação. — Não podemos ficar presos aqui para sempre.

Do outro lado da porta, ouvimos a voz de Thomas, gritando obscenidades e ameaças. Ele estava determinado a entrar, determinado a nos matar, mas não íamos facilitar as coisas para ele. Com cada grama de força que tínhamos, empurramos contra a porta, tentando manter ele afastado o máximo possível.

E então, de repente, ouvimos tiros. O som ecoou pelos corredores, cortando o ar com uma clareza surpreendente. E então, a voz de Rick se elevou acima do caos, autoritária e firme.

— Carl! Estamos aqui! — Ele gritou, sua voz ecoando pelo corredor.

Um suspiro coletivo de alívio escapou de nossos lábios enquanto ouvíamos os passos apressados dos outros se aproximando. Finalmente, estávamos sendo resgatados, estávamos finalmente seguros.

Abrimos a porta e eu não hesitei em me jogar nos braços de Glenn que me apertou com força em um abraço, Thomas estava no chão, mas não estava morto, Rick desligou os alarmes e veio em nossa direção para saber o que estava acontecendo.

— Ligar o alarme foi muito arriscado, chamou a atenção dos zumbis.— Rick me olhou, julgando a atitude que acha que foi minha.

— Fui eu, pai.— Carl disse e o olhar de Rick mudou completamente.— Ele queria matar a Isabella, eu não podia deixar, não dava para correr.

Rick olhou para Carl com uma expressão mista de surpresa e orgulho. Sua mandíbula estava tensa enquanto processava as palavras do filho.

— Você fez o que achou que era certo, filho. — Ele disse finalmente, colocando uma mão reconfortante no ombro de Carl. Era algo inacreditável, a implicância de Rick comigo, quando ele achou que havia sido eu, foi uma decisão ruim e para Carl foi uma certa? Eu não conseguia entender.

Enquanto Rick se virava para lidar com Thomas, Glenn se aproximou de mim, segurando meu rosto com ternura.

— Você está bem? — Ele perguntou, preocupado.

— Sim, só está doendo um pouco.— Estava doendo muito, mas eu não queria demonstrar fraqueza, não na frente de Rick.

— Vem, vamos cuidar disso.— Glenn disse rasgando sua própria camisa e amarrando em minha perna para estancar o sangramento intenso em minha coxa.

Runners •ᴄᴀʀʟ ɢʀɪᴍᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora