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Alguns dias se passaram, e eu aproveitava cada momento ao lado de Carl, Maggie, Judith, Glenn e todos aqueles que amava. Sabia que meu tempo era curto e que cada segundo contava. Carl e eu passávamos longas horas juntos, conversando sobre tudo e nada, compartilhando nossos sonhos e medos. Os dias eram preenchidos com risos, abraços e pequenas alegrias que faziam o mundo parecer um lugar menos sombrio.

Glenn havia saído com Daryl, Michonne e Rosita. Ao entardecer, Maggie começou a passar muito mal. Sua respiração estava irregular, e ela gemia de dor.

— Mãe, a gente tem que ir pra Hilltop — disse, segurando nos braços e tentando manter a calma. Eu sabia que ela precisava de cuidados médicos que não podíamos proporcionar em Alexandria.

Ela assentiu, sem forças para discutir. Carl apareceu ao nosso lado, o rosto cheio de preocupação.

— Vamos levar ela até o carro. — Ele disse, pegando as chaves e ajudando a levantar Maggie.

Com cuidado, colocamos minha mãe no banco traseiro do carro.

O caminho para Hilltop parecia interminável. Cada solavanco do carro fazia Maggie gemer de dor, e eu me sentia impotente, sem saber como aliviar seu sofrimento.

O sol mergulhava lentamente no horizonte enquanto avançávamos em direção a Hilltop. O carro estava cheio, todos com expressões sérias, prontos para enfrentar qualquer obstáculo que cruzasse nosso caminho. Rick dirigia com determinação, enquanto Aaron, Eugene, Sasha, Abraham e Carl conversavam em murmúrios nervosos.

Eu me sentia fraca, como se cada quilômetro percorrido fosse um desafio para minha resistência. Apesar disso, lutei para manter os olhos abertos, sabendo que precisava permanecer alerta. No entanto, a exaustão acabou me dominando, e antes que eu percebesse, adormeci pesadamente.

Quando finalmente despertei, o interior do carro estava silencioso e escuro. A sensação de solidão me invadiu quando percebi que estava sozinha com Eugene. "Onde estão todos?" perguntei, minha voz ecoando no espaço vazio do veículo.

Antes que Eugene pudesse responder, a porta do carro foi violentamente aberta e homens invadiram, nos arrastando para fora. Nos encontramos cercados por uma multidão de salvadores, seus olhares cruéis nos perfurando enquanto éramos forçados a ajoelhar no chão áspero e empoeirado. O coração batia descontroladamente em meu peito, enquanto eu me perguntava o que viria a seguir.

O ar estava impregnado de tensão quando o resto do nosso grupo, que havia se separado de nós, finalmente se juntou a nós. Todos nós, ajoelhados no chão, sentíamos o peso das consequências das nossas escolhas. Era como se o destino tivesse finalmente nos alcançado, e não havia mais escapatória.

Então, de dentro de um carro, eles tiraram Glenn, Daryl, Rosita e Michonne. O coração apertou ao ver eles sendo arrastados para o mesmo destino sombrio que nós.

— Isabella?— Glenn olhou tentando vir até mim mas o puxaram para trás com agressividade.

E então, como uma sombra sinistra emergindo da escuridão, Negan apareceu. Sua presença era intimidadora, e sua voz ecoava com uma confiança cruel.

—Já estão mijando nas calças?— Ele perguntou, um sorriso sádico brincando em seus lábios. Sua mera presença era o suficiente para nos fazer tremer de medo, sabendo que agora estávamos nas mãos desse homem implacável.

Negan se ergueu diante de nós, sua figura imponente se projetando sobre o grupo ajoelhado. Seus olhos faiscavam com um misto de autoridade e crueldade, enquanto ele começava seu discurso interminável.

—Ah, olhem só para vocês— Ele começou, sua voz arrastada e carregada de desdém.

Suas palavras pareciam se arrastar, cada sílaba prolongada como se ele estivesse saboreando cada momento de sua própria retórica. Eu me esforçava para manter minha atenção, mas a monotonia de sua voz e a exaustão que me consumia ameaçavam me arrastar.

Runners •ᴄᴀʀʟ ɢʀɪᴍᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora