Runners •ᴄᴀʀʟ ɢʀɪᴍᴇs

A prisão

Os meses se passaram desde que nos tornamos nômades, sempre em movimento, sempre buscando um lugar seguro para nos estabelecermos. Agora, estou de vigia ao lado de Carl, observando atentamente os arredores da casa que encontramos.

— Não podemos continuar assim, vagando sem rumo. Precisamos encontrar um lugar para nos fixarmos — diz ele, a determinação em sua voz ecoando em meio ao silêncio da noite.

Enquanto os adultos discutiam nossas opções, T-Dog se levanta para buscar água, desaparecendo na escuridão. Rick se aproxima de Hershel, preocupado com a situação de Lori, grávida e constantemente exposta ao perigo dos zumbis.

— Lori não pode dar à luz fugindo sempre dos zumbis — ele diz, a preocupação evidente em seu rosto.

Rick e Daryl foram caçar em busca de provisões, e é durante essa expedição que eles descobrem algo que poderia mudar nossas vidas: uma prisão.

Rick corta parte da grade da prisão para abrir caminho, enquanto os outros sobreviventes eliminam os zumbis que se aproximam. Com determinação, entramos na prisão e fechamos a passagem, mas logo nos deparamos com outro desafio: um campo tomado por zumbis, separando a gente da segurança da construção.

Glenn se oferece para fechar o portão da prisão e eliminar os mortos-vivos, mas Maggie está contra a ideia. Com calma e determinação, Rick estabelece um plano, decidindo fechar o portão ele mesmo. Enquanto alguns sobreviventes atraem os zumbis com barulhos, Rick atravessa o campo, enfrentando os perigos que surgem pelo caminho.

Daryl, com sua habilidade ímpar, salva Rick dos ataques dos zumbis. Do alto das torres, Hershel, Carl, eu, Daryl e Carol oferecemos cobertura, protegendo nosso líder enquanto ele avança. Com coragem e determinação, Rick consegue fechar o portão, assegurando nossa entrada na prisão.

Com o campo finalmente limpo de zumbis, celebramos nossa conquista. Os sobreviventes entram efetivamente na prisão, mas um zumbi, não totalmente derrotado, quase se levanta. Glenn age rapidamente, garantindo nossa segurança mais uma vez.

Carol e T-Dog comemoram a tomada da prisão, mas a realidade de nosso espaço limitado nos atinge. Precisamos nos adaptar a este novo lugar, aproveitando cada oportunidade para garantir nossa sobrevivência neste mundo implacável.

À noite, reunidos em torno do fogo crepitante, discutimos nossos planos e esperanças para o futuro incerto que nos aguarda. T-Dog compartilha seu plano para conseguir água fresca, enquanto Hershel vislumbra um futuro onde poderá plantar vegetais no local, mencionando sementes de soja, tomate, pepino e feijão.

Enquanto isso, Rick permanece afastado, fazendo sua ronda habitual para garantir nossa segurança. A gravidez de Lori é um tema delicado, e Beth expressa otimismo ao afirmar que este será um bom lugar para dar à luz.

Enquanto Maggie trança meus cabelos, ela compartilha pensamentos superficiais, tentando trazer um pouco de normalidade para nossas vidas caóticas. Hershel pede a Beth para cantar uma canção, mas ela reluta. No entanto, ao ver o interesse de Carl, ela começa a cantar, e logo é acompanhada por Maggie, que me acaricia os cabelos com um sorriso reconfortante.

Rick, ao lado de Carl, oferece comida a Lori, que recusa. Sua expressão cansada revela o peso de suas responsabilidades como líder do grupo. Enquanto isso, ele instrui os sobreviventes a descansarem e anuncia nossos planos para o dia seguinte: tomar o prédio da prisão.

Ele explica as possíveis vantagens que o lugar pode oferecer, mencionando uma cantina e uma enfermaria, enfatizando que a prisão pode ser uma mina de ouro para nossa sobrevivência. Hershel expressa suas dúvidas, mas Rick está determinado a avançar com a ação no dia seguinte, e nós, seus seguidores, confiamos em sua liderança para nos guiar através das trevas.

À medida que os dias se desenrolavam dentro das paredes frias da prisão, uma aura de tensão e incerteza permeava o ar. Muitas coisas aconteceram desde que nos estabelecemos ali, e cada novo desafio testava nossos limites e nossa determinação de sobreviver.

Os presos que encontramos na prisão estavam alheios ao caos que reinava do lado de fora mas eles não pareciam tão ruins, . Nós, os sobreviventes, nos aconchegamos nas celas vazias, transformando os espaços sombrios em refúgios temporários que talvez pudessem se tornar nosso novo lar.

No entanto, mesmo em meio à esperança de um recomeço, algo parecia estar errado. Rick, parecia distante. Ele me ignorava, evitando meu olhar e recusando-se a me dirigir a palavra.

Essa mudança repentina em seu comportamento me deixava inquieta e confusa. O que teria acontecido para ele me afastar desse jeito? Será que fiz algo para desapontar ele? Essas perguntas ecoavam em minha mente, alimentando minha ansiedade.

Enquanto tentava decifrar os motivos por trás do comportamento de Rick, uma sensação de solidão e isolamento se instalava em meu peito. Eu me sentia perdida e desamparada, sem saber como lidar com a indiferença de alguém que significava tanto para mim.

A tristeza parecia envolver meu coração como uma sombra escura quando Glenn se aproximou, notando minha solidão no canto isolado. Sua presença trouxe um raio de luz em meio à escuridão que me consumia, e eu me permiti abrir meu coração para ele.

— Estou me sentindo tão perdida, Glenn. Rick era como um segundo pai para mim desde que me lembro, e agora, parece que estou sozinha no mundo — confessei, deixando escapar as lágrimas que se acumulavam em meus olhos.

Glenn olhou para mim com ternura, seus olhos transmitindo uma mistura de compreensão e solidariedade.

— Isabella, você não está sozinha. Você tem a mim — ele disse suavemente, sua voz carregada de sinceridade. — Eu prometo que nunca vou deixar você sozinha.

Senti um calor reconfortante inundar meu coração diante das palavras reconfortantes de Glenn. E então, como um gesto simbólico de sua promessa, ele tirou seu boné favorito e o colocou gentilmente em minha cabeça.

— Você odeia ficar sem boné — eu disse o olhando e ele sorriu de forma reconfortante, ajustando o boné em minha cabeça.

— Eu tenho outro, mas este é meu favorito, e agora é seu.

Eu o abracei com força e ele retribuiu e depois me pegou pela mão dizendo que eu não iria ficar me isolando e ia participar das atividades junto com ele e os outros.