A rua já se encontrava lotada e o burburinho da multidão se misturava à música que uma pequena banda tocava, divertindo e encantando o público que se amontoava em volta.
Segui pela calçada em direção a um bar que Kate e eu costumávamos frequentar e, antes de chegar, a avistei na sacada acenando freneticamente no ritmo da música.
— Eu jogaria minhas " " — brincou. — Mas, ao contrário da Rapunzel, as minhas só chegam até os ombros.
Revirei os olhos em resposta e entrei no bar subindo as escadas rapidamente para me juntar a ela. Nos abraçamos como se não tivéssemos estado juntas mais cedo naquele dia, apertado e demorado. Secretamente, a parte de mim que tinha certeza de que as pessoas sempre iam embora, se encontrava abobalhada, afinal, contrariando meu histórico de ser deixada para trás, minha melhor amiga estava de volta.
— Que decepção te ver apenas com essa long neck na mão — critiquei.
— Pretendo acordar sem estar de ressaca amanhã — respondeu ela inabalável.
— Argh, você está de volta à cidade do agito, Kate, não me envergonhe.
Um garçom passou por nós e eu aproveitei para fazer meu pedido, o que fez com que minha amiga arregalasse os olhos de incredulidade.
O garçom voltou com meu pedido algum tempo depois.
— Aqui está seu Sazerac, senhorita.
Assim que ele nos deixou sozinhas, fui repreendida:
— Como você consegue se manter longe de encrenca bebendo desse jeito?
— Kate, eu ainda nem comecei. E, para o seu governo, encrenca e diversão não podem estar juntas em uma mesma frase. — Dei de ombros.
Eu tentava me manter longe de questões polêmicas, pelo menos no que dizia respeito a questão social, mas no que se referia a curtição e a vida boêmia, encrenca era meu sobrenome.
Me concentrei no copo gelado que tinha nas mãos. Antes de sorver o conteúdo, inalei inebriada seu aroma detectando com precisão a presença da casca de limão, obviamente era apenas um dos ingredientes e também um dos mais inofensivos deles.
Então me lembrei de que Dylan costumava se apresentar na Frenchmen Street a cerca de um quarteirão do French Quarter, era uma área animada conhecida como um dos melhores lugares da cidade para se curtir música ao vivo. Kate ficou empolgada com a perspectiva de conhecer meu amigo e aceitou de pronto meu convite.
Assim caminhamos em direção ao ponto, a fim de pegarmos o Streetcars – ou bondinhos elétricos – para chegarmos lá.
Me contem pessoal vocês estão gostando da história até aqui? Espero que sim, não se esqueçam de curtir e comentar o feedback de vocês é meu termômetro!!!
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Jazz, livros e o amor no meio disso
RomanceEsther Blossom respira música, já Thomas Castillo inspira livros. O que esses dois têm em comum além de traumas do passado? Esther é uma mulher forte que já sofreu muito e encontrou nas divas do jazz um reconhecimento e uma fonte de inspiração. Vivi...